Influência do estado nutricional de gestantes adultas no peso ao nascer, Viçosa-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Panato, Emanuelle
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis
Mestrado em Ciência da Nutrição
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2812
Resumo: A saúde do recém-nascido está amplamente relacionada com as condições maternas, considerado-se tanto aspectos socioeconômicos quando nutricionais. Gestantes em condições desfavoráveis podem gerar recém-nascidos com baixo peso, situação que poderia ser minimizada por meio da assistência pré-natal adequada, possibilitando a identificação e orientação de problemas que prejudiquem a saúde do binômio mãe e filho. O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução do estado nutricional de gestantes adultas e sua relação com o peso dos recém-nascidos. Foram avaliadas, no período de julho de 2005 a maio de 2006, 143 gestantes adultas atendidas no serviço público e privado de saúde do Município de Viçosa, MG, entre 20 a 35 anos de idade, que apresentavam idade gestacional entre 14 e 28 semanas. Foram excluídas do estudo gestantes fumantes, alcoólatras e usuárias de drogas, que apresentavam infecções genitais, doença mental, pré-eclampsia, gestação gemelar e doenças crônicas (cardiopatia, diabetes, hipertensão). No primeiro momento de avaliação (segundo trimestre gestacional) foram obtidos dados sobre as características pessoais, socioeconômicas, antecedentes obstétricos, história alimentar e evolução do estado nutricional. Avaliação dietética foi realizada por meio da aplicação do Questionário Semi-Quantitativo de Freqüência Alimentar. No segundo momento (terceiro trimestre), as mesmas gestantes foram submetidas às avaliaçõe antropométrica e dietética. Os resultados dos exames bioquímicos e a idade gestacional foram obtidos por meio de avaliação do cartão da gestante e exames realizados no segundo e no terceiro trimestre gestacional. As gestantes foram orientadas a respeito à antropometria e à parte dietética, bem como os dados bioquímicos durante todo o período de acompanhamento. Os dados antropométricos e de hemoglobina foram obtidos nos registros dos Hospitais São Sebastião e São João Batista, na primeira semana após o parto. Concluiu-se que o consumo energético de macro e micronutrientes da maioria das gestantes mostrou-se dentro da faixa de adequação, com exceção de cálcio, ferro e fibras. O ganho de peso semanal foi influenciado pelo consumo energético, não sendo obtida relação entre o consumo de macronutrientes com o ganho de peso semanal e total. As gestantes com consumo adequado de vitaminas A e B6 tiveram maior ganho de peso semanal, e gestantes com ganho de peso adequado ingeriram maior quantidade de vitamina B12. O ganho de peso semanal foi maior nas gestantes com mais elevado consumo de ácido fólico e ferro. O baixo peso prégestacional e o ganho de peso semanal e total inadequado correlacionaram-se com RN de peso insuficiente ou baixo peso em gestantes da rede privada. Nas gestantes de nível público, a menor escolaridade e a baixa renda per capita aliadas à idade gestacional do parto foram as variáveis desencadeantes do baixo peso e do peso insuficiente do RN. O tipo de parto (cirúrgico) e o número de consultas de pré-natal foram as variáveis que exerceram influência no peso do RN das gestantes atendidas na rede privada.