Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Hipólito, Bruno Yure |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28332
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Resumo: |
No Brasil a maior parte da arrecadação tributária é originada em tributos indiretos, em vez de tributos diretos. Como, de forma geral, os mais pobres destinam a maior parte da sua renda ao consumo, essa estrutura tende a tornar o sistema tributário mais regressivo, o que por sua vez aumenta a desigualdade de renda da sociedade. Apesar disso, é possível que haja setores da economia em que a carga tributária seja progressiva, o que torna necessário avaliar essa questão para as diversas atividades econômicas. Nesse sentido, esse estudo busca analisar se a carga tributária que incide sobre a gasolina é regressiva, progressiva, ou proporcional, visto que esse é um bem essencial para a população do país. Para isso, primeiro o trabalho analisou o perfil de renda dos indivíduos que possuem veículos a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2015, por serem os potenciais consumidores de gasolina, e, posteriormente, calculou os Índices de Suits para o Brasil e para os estados brasileiros a partir dos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2017/2018. Os resultados do estudo mostraram que no Brasil a carga tributária que incide sobre a gasolina é regressiva, e, portanto, onera em maior magnitude a parcela de menor poder aquisitivo da sociedade, o que se deve majoritariamente à desigualdade de renda existente no país. O mesmo ocorre para a maioria dos estados, somente nos estados de Alagoas e Sergipe esses tributos são progressivos. Além disso, foi visto que há uma relação inversa entre o PIB per capita dos estados e a progressividade dos impostos sobre a gasolina, o que é devido ao fato de que em estados de menor renda uma menor parcela dos mais pobres possuem veículos. Apesar desses resultados, a literatura vê que esses impostos são eficientes em reduzir as externalidades negativas ligadas ao consumo da gasolina, como a emissão de gases de efeito estufa e os congestionamentos. Dessa maneira, recomenda- se políticas públicas que reduzam ou compensem o impacto da tributação da gasolina sobre a renda dos mais pobres, como medidas que promovam o acesso aos meios de transporte público usuais e alternativos. Palavras-chave: Gasolina. Tributos. Regressividade. |