Diversidade de fungos endofíticos de Hevea spp. da floresta amazônica brasileira: identificação e seleção de isolados de Penicillium e de Talaromyces com potencial para controle de fitopatógenos
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Microbiologia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31377 |
Resumo: | Hevea brasiliensis e Hevea guianensis são espécies nativas da floresta amazônica brasileira e de grande importância econômica por produzirem a borracha natural. Estas espécies vegetais são consideradas grandes reservatórios de fungos endofíticos. Dentro deste grupo de micro-organismos, as espécies endofíticas pertencentes ao gênero Penicillium e Talaromyces são conhecidas por atuarem no controle biológico de fitopatógenos e na promoção de crescimento vegetal. Entretanto, não existem estudos na literatura sobre a diversidade de fungos endofíticos que habitam os tecidos das seringueiras da floresta amazônica brasileira, bem como pesquisas sobre isolados de Penicillium spp. e Talaromyces spp. endofíticos dessas plantas. Neste estudo é descrita a diversidade de fungos endofíticos nas folhas, no caule e nas raízes de H. brasiliensis e H. guianensis. Além disso, espécies pertencentes aos gêneros Penicillium e Talaromyces foram identificadas e o potencial antagônico destas ao crescimento de diferentes fitopatógenos foi analisado. O total de 549 e 92 fungos foram isolados do interior dos tecidos de H. brasiliensis e H. guianensis, respectivamente. O filo Ascomycota foi dominante em ambos os hospedeiros. A diversidade dos fungos foi maior no caule em H. brasiliensis e no caule e nas raízes de H. guianensis, embora a frequência de colonização destes micro- organismos tenha sido maior nas folhas destas seringueiras. Colletotrichum, Diaporthe, Fusarium, Trichoderma e Penicillium foram os gêneros mais representativos entre os isolados nos dois hospedeiros. Em ambos os estudos foi verificada uma tendência ao agrupamento dos isolados das folhas e uma distribuição homogênea dos fungos do caule e das raízes, bem como entre os pontos de coletas. Em um estudo mais detalhado dos isolados pertencentes aos gêneros Penicillium e Talaromyces, foram identificadas espécies novas de Penicillium. Também, foi constatada variabilidade genética intra e interespecífica entre as espécies de Penicillium e Talaromyces pelo método de IRAP e REMAP. Em adição, as espécies de Penicillium e Talaromyces foram capazes de reduzir o crescimento de diferentes fitopatógenos. Os fungos endofíticos isolados neste estudo podem ser uma alternativa promissora como produtores de compostos bioativos de grande interesse para a indústria e para o agronegócio. |