Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Zanuncio Junior, José Salazar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9829
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Resumo: |
Os percevejos da família Pentatomidae são, em geral, fitófagos e considerados pragas agrícolas de grande importância econômica, principalmente em plantios de soja. No entanto, nesta família estão incluídos os percevejos predadores da subfamília Asopinae, como inimigos naturais importantes em áreas reflorestadas e plantios agrícolas. Este trabalho foi desenvolvido no campo experimental do laboratório de Entomologia do Departamento de Biologia Animal da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Viçosa, Estado de Minas Gerais. Como os percevejos predadores podem utilizar, também, plantas na sua dieta, este trabalho teve como objetivo estudar possíveis efeitos de plantas de soja Glycine max (L.) Merril na fase ninfal e adulta e no crescimento populacional do predador Supputius cincticeps (Stäl) (Heteroptera: Pentatomidae) com os cultivares de soja susceptível (UFV 16) e resistente (IAC 100) a fitófagos no campo. Ninfas de segundo estádio de S. cincticeps foram submetidos aos seguintes tratamentos: T1- pupas de Tenebrio molitor L. (Coleoptera: Tenebrionidae) em soja resistente (IAC 100), T2- pupas de T. molitor em soja susceptível (UFV 16) e T3- pupas de T. molitor. Não foi observado efeito de plantas de soja na fase ninfal de S. cincticeps, exceto na viabilidade do quarto estádio. O número de ovos por fêmea desse predador foi de 164,3 ± 29,64; 190,2 ± 22,06 e 127,9 ± 28,07 e o de ninfas por fêmea de 109,7 ± 25,69; 100,5 ± 13,02 e 70,7 ± 15,75 nos tratamentos T1, T2 e T3, respectivamente, sem diferenças significativas. O número de posturas por fêmea e o período de oviposição foram maiores na planta susceptível (UFV 16), com 23,4 ± 4,43 posturas por fêmea e 47,0 ± 5,36 dias que no controle (11,3 ± 2,70 e 27,1 ± 4,96 dias) e semelhante ao tratamento com planta IAC 100 (resistente) (13,3 ± 2,36 e 33,7 ± 4,26 dias). Os períodos de pré-oviposição, pós-oviposição e a longevidade de S. cincticeps foram semelhantes entre tratamentos. A taxa líquida de reprodução (Ro) foi maior com planta resistente e susceptível que no controle. A estimativa dos demais parâmetros de crescimento populacional de S. cincticeps foram semelhantes entre tratamentos, com taxa intrínseca de crescimento populacional (rm) de 0,038 e 0,037 com soja resistente e susceptível e de 0,025 sem planta. O tempo para esse predador duplicar seu número de indivíduos (TD) foi de 18,47; 18,89 e 27,81 dias nos tratamentos T1, T2 e T3, respectivamente. A presença de plantas de soja na dieta aumentou o número de indivíduos de S. cincticeps no campo, pois o predador apresentou maior taxa líquida de reprodução com plantas, mas a taxa intrínseca (rm) e a razão finita (λ) de crescimento populacional foram semelhantes entre tratamentos. Isto indica que esses cultivares são compatíveis com o uso de S. cincticeps no manejo integrado de pragas da soja, embora o cultivar susceptível possa ser mais recomendável por ter proporcionado maior esperança de vida e longevidade média da população desse predador no campo. |