Demanda de energia elétrica residencial no Brasil segundo os quantis de consumo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Niágara Rodrigues da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos
Mestrado em Economia Aplicada
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/71
Resumo: O consumo de energia elétrica vem apresentando um ritmo de crescimento robusto no Brasil. Em contrapartida, a política de expansão de oferta de energia vem enfrentando forte limitação face às pressões ambientais contra a construção de novas hidrelétricas. Desse modo, estudos do comportamento da demanda de energia elétrica podem contribuir para a formulação de políticas de gestão de demanda que promovam a conservação de energia. Neste contexto, o presente estudo objetiva estudar os determinantes da demanda por energia elétrica residencial para o Brasil. Em particular, investiga-se a presença de heterogeneidade da elasticidade da demanda em relação ao preço da energia elétrica, à renda e à temperatura segundo os quantis de consumo. Utilizando-se dos microcrados da POF 2008-2009, a demanda por energia elétrica foi estimada por meio do Método de Regressão Quantílica com Variável Instrumental (MRQVI), que permite estimar a demanda condicional nos diversos quantis da distribuição corrigindo o problema de endogeneidade. Os resultados sugerem a heterogeneidade na resposta da demanda por energia elétrica às variações de preço e renda. Os consumidores localizados nos extremos da distribuição são mais sensíveis às variações de preço, com as maiores elasticidaespreço sendo observadas no segmento dos grandes consumidores. Por outro lado, a elasticidade-renda apresentou pouca variabilidade entre os quantis de consumo. Os resultados também indicam que variações de temperatura no verão proporcionam elevações no consumo de energia elétrica, enquanto que uma elevação no inverno gera economia de energia. Por fim, economias de energia podem ser alcançadas com aumentos tarifários para as maiores faixas de consumo, pois os maiores consumidores são mais sensíveis a variações de preços, e também com políticas não tarifárias, com substituição de refrigeradores antigos por novos e mais eficientes.