Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Castellani, Débora Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10219
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Resumo: |
Vinculado à degradação ambiental, o desenvolvimento sustentado busca alternativas no manejo dos recursos naturais, em que inclui-se as plantas medicinais, como recurso terapêutico e fonte de renda para comunidades rurais. Contudo, é necessário desenvolver métodos de colheita e produção compatíveis que assegurem a sustentabilidade desses produtos florestais não-madeireiros. As espécies selecionadas para este trabalho foram: açoita-cavalo (Luehea grandiflora), angico (Anadenanthera colubrina var. cebil), canela (Ocotea odorifera), caroba (J acaranda macrantha), catuaba (Trichilia catigua), espinheira (Maytenus aquifolia), espinheira-santa (Maytenus robusta), guaçatonga (Casearia sylvestris), negramina (Siparuna guianensis), cana-de- macaco (Costus spiralis) e japecanga (Smilax sp.), sendo nove espécies arbó- reas e duas herbáceas, respectivamente. Este trabalho teve como objetivos: descrever a estrutura populacional das 11 espécies medicinais em um frag- mento de Mata Atlântica Secundária denominado Mata da Silvicultura, em Viçosa-MG; avaliar o potencial ecológico (análise quantitativa e qualitativa) das espécies ao manejo de populações em florestais nativas, reconhecendo as particularidades de cada uma; monitorar e quantificar a produção de óleos essenciais em matérias-primas de canela, catuaba, guaçatonga e negramina, a produção de compostos fenólicos em açoita-cavalo, angico e caroba e a produ- ção de friedelina em espinheira e espinheira-santa; estudar a correlação entre fatores climáticos (temperatura, umidade, radiação, vento e pluviosidade) e edáficos (macro e micronutrientes) na produção de metabólitos secundários (óleos essenciais, compostos fenólicos e triterpeno); e fornecer subsídios para estimar a biomassa medicinal, fundamentado na Teoria do Holograma, na Geometria dos Fractais e na Seqüência de Fibonacci. O inventário de plantas medicinais forneceu informações importantes sobre as possibilidades de exploração e manejo das espécies medicinais silvestres. Foram computados 3.361 indivíduos, o que permitiu conhecer a estrutura populacional e o respectivo potencial ecológico, bem como identificar os impactos ambientais das atividades operacionais. negramina, japecanga, angico, espinheira, cana- de-macaco, canela e catuaba foram as espécies com maior densidade popu- lacional; as correlações entre fatores edafoclimáticos e a produção de óleo essencial, compostos fenólicos e triterpeno mostraram que a interpretação adequada da ecologia de espécies medicinais silvestres gera critérios fun- damentais para o manejo sustentado, com enfoque na maior produção de princípios ativos. A variabilidade química sazonal foi observada em canela, guaçatonga, açoita-cavalo, caroba, espinheira e espinheira-santa. As colheitas periódicas permitiram estimar a produção da biomassa medicinal e inferir o ciclo de corte de folhas, galhos e cascas. Por meio da análise quantitativa dos princípios ativos, verificou-se que, na viabilidade das colheitas, determinadas partes vegetais não devem ser retiradas do ecossistema, por reduzirem a exportação de nutrientes. As variáveis possibilitaram gerar 47 modelos de estimação de biomassa. Os modelos selecionados de estimativa de biomassa, nas espécies arbóreas, incluíram os diâmetros dos galhos, o comprimento dos galhos e os pesos de matéria seca de folhas e galhos. Nas espécies herbáceas, as melhores correlações foram obtidas com as variáveis número de folhas, número de galhos, comprimento dos galhos e diâmetro na altura da base. A incorporação das teorias contribuiu com o aumento da precisão dos modelos. Os estudos mostraram que existe viabilidade na extração de plantas medici- nais, desde que as técnicas de manejo e estratégias de conservação fomentem a produção sustentável, podendo prover recursos econômicos enquanto pro- move, simultaneamente, a conservação dos recursos genéticos de plantas medicinais e a Mata Atlântica. |