Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Píccolo, Mayra Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/25677
|
Resumo: |
O objetivo do presente trabalho foi estudar os efeitos da dexametasona na indução da osteoporose, principal efeito colateral da corticoterapia, em ratos machos, bem como o efeito deste medicamento sobre os parâmetros bioquímicos do metabolismo masculino. Além disso, por meio deste trabalho buscou-se determinar um modelo experimental para estudo da osteoporose secundária em machos, observando o tempo de recuperação dos animais aos efeitos da dexametasona por até 2 meses após o final do tratamento. A indução da osteoporose consistiu na administração de dexametasona na dose de 7,0 mg/kg de peso corporal, por via intramuscular, uma vez por semana durante quatro semanas (G2) e oito semanas (G3), à exceção dos animais do grupo controle (G1). Os animais submetidos à indução da osteoporose foram então distribuídos aleatoriamente, recebendo os seguintes denominações e tratamentos: G21 (imediatamente após a interrupção do tratamento de 4 semanas), G22 (um mês após a interrupção do tratamento de 4 semanas), G23 (dois meses após a interrupção do tratamento de 4 semanas), G31 (imediatamente após a interrupção do tratamento de 8 semanas), G32 (um mês após a interrupção do tratamento de 8 semanas), G33 (dois meses após a interrupção do tratamento de 8 semanas). No tempo pré-determinado os animais foram eutanasiados e então coletadas amostras de sangue para as dosagens dos níveis séricos de cálcio, fósforo, sódio, vitamina D, cortisol, fosfatase alcalina (FAL), fosfatase alcalina óssea (FAO), testosterona, glicose e insulina. Além disso, foram coletados os fêmures esquerdos para avaliação biométrica, biomecânica e de microtomografia. O ensaio biológico foi realizado segundo delineamento inteiramente casualizado com 10 tratamentos e 6 repetições. Os grupos foram comparados, com o grupo controle de tempo correspondente, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Através das avaliações biométrica, biomecânica e microtomógrafa foi possível verificar, tanto para os animais do grupo G2 quanto para os animais do grupo G3, aumento de 12,8% da porosidade óssea dos animais do grupo G2 e 10,4% para os animais do grupo G3, e observou-se também diminuição da resistência óssea em até 26,8% para os animais do grupo G2 e 28,5% para os animais do grupo G3, alterações induzidas pela dexametasona, caracterizando a ocorrência de osteoporose nestes animais. Verificou-se também a influência do medicamento dexametasona nos parâmetros bioquímicos sanguíneos, bem como a persistência e intensidade destes efeitos, pelo período de tempo avaliado. Não foram observadas alterações significativas dos níveis séricos de cálcio, potássio, magnésio, fósforo e glicose, tanto nos animais tratados por 4 semanas quanto nos que passaram por 8 semanas de tratamento, quando comparados aos grupos controle de mesma idade. Dentre os parâmetros sanguíneos avaliados, os níveis de testosterona foram os que apresentaram alterações mais expressivas, onde para o grupo G2 observou-se uma diminuição de até 99,3% e para os animais do grupo G3 observou-se redução de até 97,7%, quando comparados aos animais do grupo controle de mesma idade. Já para parâmetros como, insulina, cortisol, vitamina D, sódio e fosfatase alcalina óssea, observaram-se alterações, que variaram de acordo com o tempo a que os animais foram expostos ao medicamento. Concluiu-se que para o estudo futuro de tratamentos para a osteoporose induzida por glicocorticoide, em ratos machos, o protocolo ideal de indução da doença seria a administração do medicamento dexametasona por 4 semanas. E entre o período de um e dois meses após a interrupção do tratamento com dexametasona o animal já está apto a iniciar o futuro protocolo de tratamento da doença, pois foi nesse período que se observou menores efeitos colaterais adjacentes, sem que tenha havido recuperação do quadro de osteoporose. |