Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cota, Bruna Clemente |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27963
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Resumo: |
A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública, sendo geralmente identificada pelo índice de massa corporal (IMC). Apesar do IMC ser uma ferramenta prática e de baixo custo, não diferencia a massa muscular, óssea e gordurosa. Nesse sentido, outros fenótipos da obesidade vêm sendo estudados, como a obesidade de peso normal (OPN) e metabolicamente obeso de peso normal (MOPN), que caracterizam pessoas que possuem IMC adequado, porém excesso de gordura corporal e alterações metabólicas, respectivamente. Poucos estudos examinaram a magnitude desses fenótipos e seus fatores associados, especialmente na adolescência. Portanto, objetivou-se verificar a prevalência e fatores associados a fenótipos da obesidade em adolescentes. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 800 adolescentes de 10 a 19 anos, de ambos os sexos, selecionados nas escolas do município de Viçosa, MG. Foram aplicados questionários para obtenção das informações sociodemográficas, história familiar de doenças, estilo de vida e autopercepção corporal. O consumo alimentar foi avaliado pelo Questionário de Frequência de Consumo Alimentar e o nível de atividade pelo Questionário Internacional de Atividade Física. Além disso, foram aferidos pressão arterial, perímetros do pescoço, quadril e da cintura (PC), peso e altura, e a composição corporal foi avaliada pela bioimpedância elétrica e pela densitometria óssea de dupla emissão. Foram calculados índices de composição corporal, IMC, relação cintura/quadril (RCQ) e cintura/estatura (RCE). Determinou-se o perfil lipídico, glicídico, insulinemia, ácido úrico, leucócitos totais e subpopulações, bem como o cálculo dos índices triglicerídeos-glicemia (TyG) e HOMA-IR. Foram aplicados testes de hipótese de acordo com a distribuição das variáveis, além de modelos de regressão brutos e ajustados por potenciais confundidores. Como resultados, observou-se que a prevalência dos fenótipos, avaliada segundo diferentes critérios de diagnóstico, diferiram entre si em magnitude, variando de 0% para a definição de IMC normal e síndrome metabólica a 23,3% (IC95%20,4-26,1) para IMC normal e uma alteração metabólica. A OPN se associou positivamente com PC (OR=1,36; IC95%1,27-1,47), RCE (OR=25,89; IC95%10,43-64,26), gordura androide (OR=1,49; IC95%1,36-1,63), resistência à insulina (OR=4,09; IC95%1,72-9,70), hiperinsulinemia (OR=3,83; IC95%1,50-9,76), maiores valores do TyG (OR=4,28; IC95% 1,21-15,08) e ácido úrico (OR=1,81; IC95%1,29-2,55); bem como a alterações no LDL (OR=3,39; IC95%1,47-7,81), colesterol total (OR=2,77; IC95%1,22-6,29) e em pelo menos dois componentes da síndrome metabólica (OR=6,61; IC95%1,45-30,19). A chance da OPN aumenta com a idade (OR=1,14; IC95%=1,04-1,26), é menor em adolescentes do sexo masculino (OR=0,21; IC95%0,11-0,41) e maior naqueles com histórico de dislipidemia familiar (OR=1,81; IC95%1,01-3,28). Adolescentes satisfeitos com seu corpo (OR=0,30; IC95%0,16-0,56) e fisicamente ativos (OR=0,44; IC95%0,24-0,81) têm menor chance de OPN, além de apresentarem maior chance de uso de adoçantes (OR=3,84; IC95%1,70-8,65). O fenótipo MOPN se associou positivamente com PC (RP=1,05; IC95%1,03-1,08), RCE (RP=1,23; IC95%1,07-1,41), RCQ (RP=1,25; IC95%1,07-1,47), relação das gorduras androide/ginoide (RP=1,34; IC95%1,19-1,51), tronco/perna (RP=2,67; IC95%1,64-4,32) e tronco/braço (RP=1,12; IC95%1,04-1,21), índice de carga e capacidade metabólica regional (RP=11,03; IC95%3,41-35,65) e índice de massa gorda (RP=1,10; IC95%1,02-1,22). Conclui-se que o IMC normal não protege necessariamente contra riscos cardiometabólicos e a inclusão de medidas de gordura corporal em contextos clínicos pode permitir uma identificação mais precisa dos fenótipos OPN e MOPN. Palavras-chave: Obesidade de peso normal. Obeso de peso normal. Metabolicamente obeso de peso normal. Peso normal metabolicamente não saudável. Adiposidade. Síndrome metabólica. Composição corporal. Obesidade. Adolescente. |