Compatibilidade de Pochonia chlamydosporia com fertilizante organomineral no manejo de Meloidogyne javanica em alface
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Etiologia; Epidemiologia; Controle Mestrado em Fitopatologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4419 |
Resumo: | Métodos alternativos, utilizando a combinação de fungos nematófagos associados a um adubo organomineral têm sido pouco utilizados e devem ser mais estudados, visto que apresentam potencial de controle dos nematoides, além de suplementar a fertilidade e favorecer a biota do solo. Alia-se à isso a demanda crescente da sociedade, que está mais exigente quanto à utilização de práticas de manejo mais ecologicamente adequadas. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi testar a compatibilidade de um fertilizante organomineral à base de torta de mamona com o fungo Pochonia chlamydosporia, visando o controle de Meloidogyne javanica em alface. Dois testes foram realizados para estudar a viabilidade de P. chlamydosporia nos produtos Rizomax (contém o fungo P. chlamydosporia), e UFV-TM100 (fertilizante organomineral), com e sem adição de água. Foram colocados em saco plástico de 3 L, 100 g de UFV-TM100 e 1 g de Rizomax, sem adição de água. O saco foi fechado e agitado vigorosamente até homogeneização da mistura e mantido em uma sala fechada. A determinação do número de UFC de P. chlamydosporia foi realizada aos 0, 15, 30 e 45 dias, tanto no produto Rizomax puro como na mistura Rizomax + UFV-TM100. Para o segundo teste foi utilizada a mesma metodologia, porém com adição de água e a determinação do número de UFC de P. chlamydosporia foi realizada aos 0, 7, e 14 dias. No teste com adição de água não houve decréscimo do número de UFC de P. chlamydosporia no produto Rizomax no período estudado, porém o número de UFC de P. chlamydosporia na mistura Rizomax + UFV-TM100 foi reduzido em de 27, 54 e 100%, respectivamente, aos 0, 7 e 14 dias em relação ao produto Rizomax. No teste sem adição de água não houve decréscimo do número de UFC de P. chlamydosporia no produto Rizomax no período estudado, porém o número de UFC de P. chlamydosporia na mistura Rizomax + UFV-TM100 foi reduzido em 30% aos 45 dias em relação aos 0, 15 e 30 dias. Um terceiro teste foi realizado com objetivo de estudar a colonização de um substrato por P. chlamydosporia na presença do UFV-TM100. Um litro de substrato foi colocado em um saco plástico de 5 L contendo 18 g de UFV-TM100 e 0,18 g de Rizomax. O saco foi fechado e agitado vigorosamente por dois minutos para homogeneizar a mistura, a qual foi distribuída em três copos plásticos de 200 mL de capacidade cada. Um segundo tratamento, sem UFV-TM100, foi utilizado para avaliar o desenvolvimento de P. chlamydosporia na ausência do UFV-TM100. O substrato em cada copo plástico foi mantido úmido e amostras foram retiradas aos 0 e 14 dias para determinar o número de UFC de P. chlamydosporia. Não houve diferença no número de UFC de P. chlamydosporia entre os tratamento Rizomax e Rizomax + UFV-TM no períodos de avaliação, porém o número de UFC de P. chlamydosporia foi 61% maior aos 14 dias com relação ao 0 dia. Um quarto teste foi realizado para estudar o efeito das doses do produto Rizomax nas variáveis de crescimento da alface e no desenvolvimento de M. javanica. Vasos plásticos contendo 2 L de substrato receberam 36 g de UFV- TM100 e, após 15 dias, mudas de alface com 21 dias de idade foram transplantadas. Juntamente com o UFV-TM100, adicionou-se o produto Rizomax nas doses de 0, 0,36 e 0,45 g/2 Kg de substrato, as quais corresponderam a 0, 1 e 1,25% de Rizomax. O substrato em cada vaso foi infestado com 5000 ovos de M. javanica no mesmo dia da incorporação do UFV-TM100 e Rizomax. Como tratamento testemunha, foram testadas as mesmas doses de Rizomax, porém na ausência do UFV-TM100. Após 60 dias do transplantio, avaliou-se o diâmetro da cabeça da alface (cm), o peso da matéria fresca, o peso da matéria seca, o peso do sistema radicular fresco, o número de galhas e de ovos de M. javanica por sistema radicular e o número de galhas e de ovos de M. javanica por grama de sistema radicular. Na presença do produto UFV-TM100 houve aumento de 41, 44 e 29% no diâmetro da cabeça da alface, no peso da matéria fresca da parte aérea e no peso da matéria seca da parte aérea, respectivamente. O número de galhas e ovos pos grama de sistema radicular sofreram reduções de até 99% quando aplicado o UFV- TM100 + Rizomax na dose de 1,25%. A aplicação do Rizomax na ausência do UFV- TM100 também reduziu o número de galhas por sistema radicular e número de galhas por grama de sistema radicular, com reduções de 50 e 60%, respectivamente. Assim, na aplicação do fertilizante organomineral com a adição de um agente de controle biológico é uma alternativa eficiente de controle de nematoides, além de aumentar o desenvolvimento das plantas. |