Spider mite web protects prey and predator alike
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3958 |
Resumo: | Em todo o mundo lavouras de tomate sofrem o ataque de pragas. Uma das principais pragas do tomate é o ácaro vermelho Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae). Uma característica marcante de T. evansi é a sua alta produção de teia sobre suas plantas hospedeiras. Essa teia pode afetar diretamente os inimigos naturais, reduzindo a sua eficiência de predação ou indiretamente alterando seu comportamento de busca. No entanto, alguns ácaros predadores da família Phytoseiidae podem ser bem adaptados para lidar com a teia dos ácaros fitófagos. Para selecionar agentes de controle biológico eficientes é importante compreender as interações diretas e indiretas entre os organismos envolvidos no agroecossistema em questão. Nesta dissertação, foi investigado o papel da teia produzida por T. evansi como mediadora de interações diretas e indiretas com seus inimigos naturais. No Capítulo 1 foram investigados os efeitos da teia produzida por T. evansi em suas interações com o ácaro predador Phytoseiulus longipes Evans (Acari: Phytoseiidae). Foi avaliado se fêmeas de T. evansi reconhecem sinais químicos do predador e se estes sinais podem induzir os ácaros a produzirem mais teia. Os resultados mostram que a presa não produz mais teia em resposta a estímulos de risco de predação, no entanto, passa a depositar uma maior parcela de seus ovos suspensos na teia, longe da superfície da folha. Esses ovos suspensos sofreram uma menor predação por P. longipes do que os ovos que se encontravam na superfície da folha. Entretanto a taxa de predação de P. longipes sobre ovos de T. evansi em discos com e sem teia não diferiram, indicando que esse predador não é afetado negativamente pela teia de sua presa. No segundo capítulo foi estudado se a teia produzida por T. evansi pode afetar o comportamento de forragemamento de P. longipes modulando a sua preferência entre ambientes e presas. Estudou-se também se ocorre predação intraguilda entre P. longipes e outro ácaro predador Phytoseiulus macropilis (Banks) (Acari: Phytoseiidae), que podem coocorrerem sobre as mesmas plantas. Observou-se que P. longipes prefere as metades de discos de folhas que apresentavam uma estrutura mais complexa (mesmo quando eles não tinham alimento) em relação às metades dos discos com ovos e sem teia de T. evansi. Esta preferência por ambientes de estrutura complexa pode ser explicada pela menor taxa de predação intraguilda de P. macropilis observada em discos de tomate com teia de ácaros. A presença da teia reduziu a capacidade predatória de P. macropilis. A diferença entre ambos os predadores para lidar com a teia de ácaros fitófagos pode ser explicado em parte pelas diferenças no comprimento das setas dorsais j3, z2 e z4, que são mais longas em P. longipes. Com relação à preferência de P. longipes por espécies de presas, observou-se que os ácaros predadores escolheram T. evansi a T. urticae, tanto em presença quanto ausência de teia. Esses resultados indicam que a teia de T. evansi pode mediar o comportamento de forrageamento de ácaros da família Phytoseiidae de acordo com seus níveis de adaptações morfológicas e comportamentais. Em linhas gerais, pode-se concluir que os ácaros predadores P. longipes são bem adaptados para lidar com a grande quantidade de teia produzida por T. evansi. Além de não evitar plantas com elevada quantidade de teia, esse ácaro predador pode se beneficiar desse ambiente complexo, reduzindo a competição com outros predadores. No entanto, a presença do predador estimula T. evansi a mudar seu comportamento de oviposição, reduzindo a eficiência predatória de P. longipes. Assim, ao alterar o seu comportamento de oviposição em resposta aos sinais dos predadores, as fêmeas de T. evansi utilizam mais eficientemente sua teia para protegerem sua prole. |