Efeitos da exposição crônica do manganês sobre camundongos machos adultos
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos Mestrado em Biologia Celular e Estrutural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2324 |
Resumo: | O manganês é um dos metais mais abundantes na crosta terrestre e geralmente ocorre associado ao ferro. Em pequenas quantidades este metal é considerado um nutriente essencial, necessário para muitos eventos fisiológicos de mamíferos, incluindo o crescimento e o desenvolvimento normal dos ossos e cartilagens, bem como do sistema reprodutivo. O manganês também está envolvido no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, além de desempenhar uma importante função como cofator de inúmeras enzimas. Este elemento é considerado um metal pesado e o aumento de sua disponibilidade no ambiente está relacionado a atividades industriais, potencializando o risco de exposição. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da exposição crônica do manganês sobre camundongos Swiss machos adultos. Os parâmetros analisados foram: biometria corporal, índice gonadossomático (IGS) e hepatossomático (IHS), concentração de manganês em órgãos reprodutivos de filtração, proporção volumétrica dos elementos do parênquima testicular, índice túbulo somático, diâmetro tubular e altura de epitélio e comprimento de túbulo seminífero. Vinte e quatro camundongos foram divididos igualmente em três grupos: dois tratados que receberam cloreto de manganês na dose de 30 mg/ Kg/ dia via oral por 42 (Mn1) e 84 (Mn2) dias, e um grupo controle que recebeu água destilada. Após 42 e 84 dias de tratamento, os animais foram eutanasiados sendo retirados os órgãos sexuais, fígado, rins que foram fixados em Karnovsky. Os testículos foramprocessados, corados em azul de toluidina/borato de sódio, fotografados e analisados com o programa Image-Pro Plus. Para determinação da concentração tecidual de manganês, os órgãos foram processados e analisados por espectrofotometria de emissão em plasma. Níveis plasmáticos de alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), foram determinados utilizando kits comerciais. Para a comparação das médias foi utilizado o teste de Newman-Keuls (p<0,05). O peso corporal aumentou significativamente (p<0,05) nos grupos Mn1 (42 dias) e Mn2 (84 dias) em relação ao grupo controle. Houve redução significativa no IGS do grupo Mn2 em relação ao grupo controle. O fígado mostrou aumento significativo de peso nos grupos tratados em relação ao controle, embora o IHS (índice hepatossomático) não tenha alterado. Observou-se acúmulo de manganês em todos os órgãos analisados. A concentração plasmática de AST aumentou significativamente no grupo Mn2. Houve diminuição na proporção de túbulo seminífero e aumento na proporção de intertúbulo dos animais tratados por 84 dias. O ITS diminuiu significativamente nos grupos tratados em relação ao controle. No grupo Mn2 houve aumento na altura de epitélio e redução no comprimento total de túbulo. O comprimento de túbulo por grama de testículo diminuiu significativamente nos dois grupos tratados, quando comparados com o controle. Adicionalmente, as variações nos parâmetros enzimáticos são fortes indicativos de toxicidade hepática e renal do manganês, motivando assim estudos mais histológicos e morfométricos destes órgãos. |