Avaliação da densidade superficial do mar e conteúdo de calor oceânico no Oceano Austral a partir de dados de reanálises

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Reis, Rafael Afonso do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29008
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.149
Resumo: O Oceano Austral é uma peça-chave do clima global. Ele sozinho é responsável pela maior parte do sequestro de dióxido de carbono e calor antropogênico. Apesar de sua importância, ele permanece pobremente amostrado e muitos estudos visam a utilização de reanalises e modelos oceânicos para melhor compreender este tão importante oceano. Com base nisso, este trabalho estuda a capacidade das reanálises GLORYS, ORAS5 e GODAS em representarem a densidade neutra em superfície e o conteúdo de calor na camada de 0 a 300 metros do Oceano Austral. As reanálises apresentam erro na densidade neutra em relação aos dados coletados in situ, variando entre -1 e 2 kg/m³. A maior parte dos erros significativos ocorre na década de 1990 em virtude da baixa cobertura de dados de sensoriamento remoto da região. As tendências de densidade neutra das reanálises são distintas, devido aos diferentes perfis de salinidade. Todas as reanálises apresentam perfis de tendência de temperatura e de fluxos de densidade muito similares. O ORAS5 é o mais diferente entre as reanálises, pois apresenta uma tendência negativa de salinidade e de densidade neutra para a maioria do Oceano Austral. Acredita-se que o motivo dessa tendência é o fato de sua salinidade ser restringida por um processo chamado nudging. Em relação ao conteúdo de calor, todas as reanálises apresentam crescimento do conteúdo de calor, sendo o mais intenso o GLORYS com um aumento de 1,38x10 18 J/yr. O primeiro módulo de variabilidade das reanálises é diretamente ligado ao ENOS com GLORYS e ORAS5 apresentando uma correlação maior que GODAS e tendo um claro Dipolo Antártico. O segundo modo de variabilidade é representado por GLORYS e ORAS5, por estar relacionado aos vórtices oceânicos, cuja reanálise GODAS não resolve. GLORYS e ORAS5 são as únicas a apresentarem correlação com a MAS. A MAS impacta o conteúdo de calor também com um Dipolo Antártico, mas de maneira contrária ao ENOS. Ao se retirar o sinal do ENOS da correlação da MAS com o conteúdo de calor, é possível verificar que ela perde a característica de dipolo. Isso indica que a MAS age mais como um regular do impacto do ENOS do que por si própria no Oceano Austral. Os dois modelos oceânicos MOM025 e MOM, rodados com os parâmetros do experimento CORE-II, falham em representar o conteúdo de calor no Oceano Austral; bem como seus módulos de variabilidade em razão de eles descartarem o impacto do ENOS no conteúdo de calor. Palavras-chave: GODAS. GLORYS. ORAS5. ENSO. SAM. Salinidade na superfície do mar. Fluxos de densidade. CORE-II.