A relação entre as crenças, emoções e ações de uma professora de inglês em tempos de pandemia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Peron, Vagner
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28202
Resumo: As crenças e as emoções estão intrinsicamente relacionadas e fazem parte da natureza humana, influenciando nossas relações pessoais e profissionais. As emoções são construtos sociais, culturais e políticos que se constroem por meio da linguagem em diferentes práticas. Elas modelam e são modeladas por contextos socioculturais (BARCELOS, 2015; ZEMBYLAS, 2004) e perpassam a prática docente (FRIDJA; MANSTEAD; BEM, 2000; HARGREAVES, 2000). Na formação de professores de línguas, faz-se necessário compreender como as relações entre esses constructos acontecem, pois as crenças tornam-se articuladas à medida que agimos e refletimos sobre elas (BARCELOS; KALAJA, 2003). Apesar dessa necessidade, em buscas realizadas, não foram encontrados, até o momento, trabalhos com foco na investigação acerca da relação entre crenças, emoções e ações de professores em serviço. Nesse sentido, este estudo objetivou desvelar e compreender a relação entre as crenças, emoções e ações de uma professora de inglês de uma escola pública localizada no interior do estado de Minas Gerais. O referencial teórico abordou estudos de crenças sobre ensino-aprendizagem de línguas (BARCELOS, 2014; BARCELOS; KALAJA, 2003, 2011, 2013; PAJARES, 1992), emoções (ARAGÃO, 2011, 2017; BARCELOS, 2015; HARGREAVES, 1998, 2000; ZEMBYLAS, 2004, 2006) e a relação entre esses conceitos e a ação (FRIJDA, MANSTEAD; BEM, 2000; RODRIGUES, 2015). Para a coleta de dados, foram utilizados uma narrativa escrita, três entrevistas semiestruturadas, duas narrativas visuais e notas de campo. Os dados foram analisados de acordo com parâmetros da pesquisa qualitativa (CRESWELL, 1998; LINCOLN; GUBA, 1985; PATTON, 1990). Os resultados sugeriram crenças acerca da importância da organização, planejamento, interação, afeto e ambiente da sala de aula; do ensino centrado nos aprendizes e do ensino remoto emergencial e tecnologias. Ademais, foi possível observar emoções de amor, paixão, gratidão, entusiasmo, conforto/contentamento, ansiedade e frustração em diferentes momentos da trajetória docente da participante ao ensinar inglês. Em relação às ações, elas se referiram ao planejamento docente, estratégias pedagógicas e didáticas, ensino da língua inglesa e interações com os aprendizes. Foi observado dois tipos de relação das emoções e crenças com ações: a) a relação interativa, mas também dissonante entre as crenças, emoções e ações da professora ao ensinar o idioma e b) a influência de demandas contextuais do novo contexto de ensino remoto nas crenças, emoções e ações da participante. Este estudo confirma o que diz a literatura na área e traz implicações para o ensino- aprendizagem de línguas e para a formação de professores de línguas. Palavras-chave: Crenças sobre ensino-aprendizagem de línguas. Emoções. Ensino de língua inglesa.