Biologia de Metaxyonycha angusta (Perty) (Coleoptera: Chrysomelidae) e efeitos do seu ataque em eucaliptos, num sistema agroflorestal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Fernandes, Laine Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9860
Resumo: O presente estudo foi desenvolvido com o intuito de obter informações sobre a biologia e os efeitos do ataque de Metaxyonycha angusta (Perty,1832) em cultura de eucaliptos consorciada com culturas anuais. As informações foram obtidas através de vistorias e medições num sistema agroflorestal no município de Andrelândia, Estado de Minas Gerais, e as atividades de laboratório foram realizadas na Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais. Foram atribuídas notas, por três avaliadores, segundo uma escala visual que expressava a intensidade de estragos causados pelos besouros, com o intuito de observar o efeito de diferentes intensidades de injúrias causadas por M. angusta, sobre o crescimento inicial em altura e diâmetro de 14 clones de eucalipto. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados, com três repetições e 25 árvores por parcela. Foram mensurados a altura total e o diâmetro a 20 cm do solo (DA20) das árvores. Os dados obtidos foram submetidos à análise de regressão. Os resultados obtidos permitem demonstrar que os besouros adultos atacam principalmente os ponteiros e as folhas mais tenras de árvores, com até um ano de idade. As injúrias foram predominantemente localizadas nas extremidades dos ramos laterais e na extremidade superior da copa. Os adultos são dorsalmente amarelos, com quatro manchas de coloração azul-esverdeada sobre os élitros e, ventralmente, alaranjados. Há dimorfismo sexual determinado pelas diferenças no formato do quinto uroesternito. A longevidade das fêmeas coletadas no campo em novembro de 2002 foi de 9,5 ± 1,8 dia, portanto superior à dos machos que foi de 7,8 ± 1,7 dias. Cada fêmea fez apenas uma postura, em média com 75,4 ± 3,5 ovos amarelos, brilhantes, córion liso e medindo, em média, 0,36 ± 0,004 mm de largura e 0,73 ± 0,007 mm de comprimento. O consumo foliar médio foi de 0,65 ± 0,16 cm2 por besouro, em 48 horas. Estimou-se que 37 besouros por árvore, durante 67 dias consecutivos, seriam suficientes para causar um desfolhamento completo no terço superior da copa das árvores de um ano de idade. O ataque de M. angusta afetou o crescimento inicial em altura e em diâmetro dos clones de eucaliptos avaliados. De uma maneira geral, as perdas decorrentes aumentaram com a intensidade das injúrias, dependendo do tipo de clone avaliado e os prejuízos causados por M. angusta foram altamente expressivos, podendo-se considerá-lo como praga de eucalipto.