Metabolismo energético em resposta ao jejum do morcego insetívoro Molossus molossus Pallas, 1766 (Chiroptera: Molossidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Goulart, Leandro Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biologia e Manejo animal
Mestrado em Biologia Animal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2209
Resumo: Morcegos (Chiroptera: Mammalia) são reconhecidamente importantes na regulação de ecossistemas tropicais, incluindo a Mata Atlântica, área deste estudo, e formam o segundo maior grupo de mamíferos em número de espécies representando, em algumas áreas, 50% das espécies de mamíferos. Estudar o metabolismo energético de mamíferos constitui etapa fundamental para se conhecer o funcionamento dos seres vivos e compreender a comparação do comportamento metabólico entre espécies frente a situações nutricionais específicas. O estudo do metabolismo energético de vertebrados tem demonstrado que a ativação das vias metabólicas está relacionada com o tipo de dieta ingerida. Neste estudo, foram comparados padrões metabólicos do morcego M. molossus machos e fêmeas alimentadas com o dos animais jejuados por 24 e 48 horas. Foi observada também a mobilização das diferentes reservas energéticas durante os diferentes períodos de jejum. Durante a privação alimentar, a mobilização das reservas energéticas em M. molossus diferiu quanto ao sexo. Fêmeas mobilizam as diferentes reservas de maneira mais pronunciada do que machos, pelo menos após o jejum de 48 horas, quando estas apresentam uma diminuição da concentração de lipídeos nos músculos das patas e na carcaça, e proteínas do músculo peitoral. No entanto, apesar desta mobilização, a glicemia de fêmeas apresentou queda significativa após o jejum de 48 horas, sugerindo que as baixas reservas formadas no estado alimentado não foram suficientes para sustentar a glicemia após este período. Em machos, não há mobilização efetiva das reservas energéticas, e a homeostase glicêmica é mantida após os diferentes períodos de jejum, sugerindo uma menor susceptibilidade metabólica destes em relação às fêmeas.