Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Omura, Michele Harumi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6401
|
Resumo: |
O estudo avaliou as características de segurança e potencial probiótico de bactérias do ácido lático predominantes do leite humano (LH) como forma de avaliar seu potencial para complementação da microbiota endógena do LH eliminada pelo tratamento térmico deste alimento depositado nos bancos de leite humano (BLH). As amostras de leite foram provenientes de 14 nutrizes com 5, 15, 30, 60 e 90 dias de lactação, foram plaqueadas nos meios Rogosa e MRS modificado, sendo que cinco isolados aleatórios de cada placa foram coletados, totalizando 286 isolados. Pela seleção da técnica de coloração de Gram e teste da catalase, 153 isolados foram avaliados quanto a hemólise e gelatinase. Observou-se a prevalência da atividade -hemolítica em 43/43 (100%) dos isolados obtidos do meio Rogosa e 87/110 (79,09 %) de MRS. Os 23 (20,91 %) isolados -hemolíticos também foram seguros no teste da gelatinase e, identificados pelo sequenciamento do gene 16S do rDNA, como nove Staphylococcus epidermidis, três S. lugdunensis e 11 Enterococcus faecalis. Os onze E. faecalis prosseguiram com os testes de segurança (resistência a antibiótico e soro humano) e funcionalidade (resistência ao suco gástrico, resistência aos sais biliares e antagonismo a patógenos). No teste de susceptibilidade a antibióticos, E. faecalis foram resistentes a amicacina, gentamicina, sulfonamidas e sensíveis a ampicilina, penicilina, amoxicilina, cefalotriaxona e meropenem. Para eritromicina, vancomicina, oxacilina, ceftriaxona, ciprofloxacina e cefalexina, os resultados foram variáveis. Apenas para os glicopeptídeos tal resistência é preocupante pois não correspondem a característica intrínseca do gênero. No teste de resistência ao soro, o grupo patógeno foi mais susceptível aos componentes do soro comparado ao grupo probiótico, estando os E. faecalis mais próximos a resposta gerada pelos patógenos, porém de uma forma mais amenizada, sugerindo menor potencial inflamatório que os patógenos. Já com relação aos testes de funcionalidade, verificou-se alta sensibilidade dos isolados após 90 minutos de exposição ao suco gástrico (pH 2,0) mas foram resistentes após 6 horas de exposição ao oxgall. E. faecalis também apresentaram bom desempenho antagônico frente a S. aureus (ATCC 13565), Salmonella spp. (ATCC 13076), Listeria monocytogenes (ATCC 15313) e Escherichia coli (ATCC 11229). Embora o potencial probiotico tenha sido verificado nestes isolados, mais estudos são necessários para confirmação da segurança destes isolados, bem como seu papel ecológico como componente da microbiota endógena do LH. |