Mal-das-folhas da seringueira: dinâmica de inóculo do patógeno, progresso e danos, em três condições topográficas
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Etiologia; Epidemiologia; Controle Mestrado em Fitopatologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4382 |
Resumo: | Atualmente, o Brasil produz apenas 1,15% da borracha natural mundial. Um fator limitante à produção de borracha no país é o mal-das-folhas da seringueira, causado por Microcyclus ulei. Em vista das lacunas quanto à epidemiologia da doença, neste trabalho, estudou-se, de junho de 2005 a dezembro de 2008: i. a dinâmica de ascósporos e conídios do patógeno; ii. a fenologia da seringueira e o progresso da doença; e iii. os efeitos da altitude, da severidade da doença e da densidade foliar na produção e crescimento da seringueira. Conduziram-se experimentos em seringais de Igrapiúna - Bahia, em três condições topográficas (estratos): topo, encosta e baixada. Em cada estrato, dispuseram-se 25 caixas de 1 m2 para coleta de folíolos (cinco repetições, cada uma com cinco caixas). Semanalmente, avaliaram-se a severidade da doença, a ocorrência e freqüência de estromas em folíolos caídos, a densidade foliar, a fenologia e a predominância de folíolos nos estádios B, C e D, em 60 árvores de cada estrato. Em 01/07/2008, em cada estrato instalou-se uma armadilha volumétrica Burkard para captura de ascósporos e conídios. Em cada estrato, registraram-se também: temperatura média, máxima e mínima, umidade relativa média, máxima e mínima, horas de molhamento foliar, horas com umidade relativa igual ou superior a 90%, e horas com temperatura média entre 22 e 26 ºC. Por meio de análises de trilhas, estudaram-se os efeitos das variáveis climáticas na concentração de esporos do patógeno e severidade da doença, bem como os efeitos da altitude, severidade da doença e da densidade foliar na produção e crescimento da planta. Detectaram-se ascósporos e conídios ao longo de 18 meses, todo o período experimental. A concentração de ascósporos tendeu a ser maior em períodos noturnos, e a de conídios, nos diurnos. Os números de ascósporos e de conídios coletados entre 9:00 e 15:00 h, em dias de picos, correlacionaram-se positivamente. As variáveis climáticas afetaram mais a liberação de conídios, na baixada. No topo observaram-se maior densidade foliar da seringueira e menor severidade da doença. As variáveis climáticas afetaram mais a severidade da doença na baixada, onde ocorreram maiores valores de número de horas com molhamento foliar e umidade relativa mínima. A altitude afetou direta e positivamente, vii enquanto a severidade direta e negativamente, a produção e crescimento da seringueira, em todos os estratos. A densidade foliar afetou indiretamente a produção e o crescimento da seringueira. Houve redução média de 47,7% na produção de borracha na baixada, com severidade média de 15,0% e redução na densidade foliar média de 50,1%. Há evidências para propor modificações no ciclo de vida do patógeno, pois no campo, sob condições ambientais favoráveis, há produção de ascósporos e conídios todo o ano. Os efeitos das variáveis ambientais sobre a doença são mais evidentes nas condições de baixada, onde, principalmente, o mal-das-folhas reduz a produção de borracha e o crescimento da seringueira. Nessas condições devem-se intensificar as medidas de manejo da doença, como o plantio de clones com alta resistência horizontal. |