Estratificação ambiental, adaptabilidade e estabilidade de produção de grãos de genótipos de soja (Glycine max (L.) Merrill) nos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Azevedo, Virgínia Helena de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10508
Resumo: Os objetivos deste trabalho foram avaliar a representatividade dos locais de ensaios por meio de estratificação ambiental em Minas Gerais e Mato Grosso, e estudar a adaptabilidade e estabilidade de genótipos de soja nos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo. Para verificar a representatividade dos locais, foram utilizados o método tradicional de estratificação ambiental e análise de fatores. Foram utilizados dois métodos de análise de adaptabilidade e estabilidade: EBERHART e RUSSELL (1966) e LIN e BINNS (1988), modificado por CARNEIRO (1998). O trabalho foi realizado com dados de produtividade de grãos obtidos de ensaios finais de avaliação de genótipos de soja. Em todos os Estados, os ensaios foram delineados em blocos ao acaso com três repetições. Em Minas Gerais, avaliaram-se 18 genótipos de ciclo semiprecoce/médio e 17 de ciclo semitardio/tardio, em seis ambientes (Capinópolis em duas épocas de plantio, Tupaciguara, Florestal, Paracatú e Unaí), na safra 2001/2002. Foram consideradas duas safras em Mato Grosso. Em 2000/2001 avaliaram-se 11 genótipos de ciclo semiprecoce/médio e 10 de ciclo semitardio/tardio em seis ambientes (Itiquira em três épocas de plantio, Primavera do Leste em duas épocas de plantio e Lucas do Rio Verde). Na safra 2001/2002, foi estudado o comportamento de 16 genótipos de ciclo semiprecoce/médio em 5 ambientes (Itiquira em três épocas de plantio, Primavera do Leste e Nova Mutum) e 14 genótipos de ciclo semitardio/tardio em três ambientes (Itiquira em duas épocas de plantio e Nova Mutum). Em São Paulo, foram avaliados 20 genótipos de soja em três ambientes (Nuporanga, Morro Agudo e Guaíra), na safra 2001/2002. Os genótipos foram provenientes do Programa de Melhoramento Genético de Soja do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa. Verificou-se que em Minas Gerais e Mato Grosso, apesar de existir interação genótipo x ambiente significativa na análise de variância conjunta, foi possível verificar padrões de similaridades de resposta dos cultivares e linhagens avaliados nos diferentes locais. A estratificação pela análise de fatores mostrou resultados semelhantes ao método tradicional. Os estudos de adaptabilidade e estabilidade, revelaram a existência de genótipos de diferentes grupos de maturação com ampla adaptabilidade e estabilidade, como os padrões de ciclo semitardio, Monarca e Conquista, os padrões de ciclo tardio DM-339 e UFV-18 (Patos de Minas) e as linhagens UFV98-267FRC11, UFV98-1640CRR73 e UFV98-U16-53, em Minas Gerais. Em Mato Grosso, na safra 2000/2001, destacaram- se o padrão de ciclo semiprecoce Conquista, o padrão CAC-1 e os cultivares UFV-17 (Minas Gerais) e UFVS-2002 de ciclo médio, o cultivar de ciclo semitardio/tardio UFV-18 (Patos de Minas) e a linhagem UFV95-370A 604. Na safra 2001/2002, as linhagens UFV98-9391140 e UFV97-61297212, de ciclo semiprecoce, o padrão Uirapurú e o cultivar UFVS-2003 de ciclo semitardio/tardio, apresentaram adaptabilidade geral e estabilidade. Foi possível, em São Paulo, indicar cultivares e linhagens com ampla adaptabilidade e estabilidade, se destacando os cultivares UFV-16 (Capinópolis), o padrão Conquista e as linhagens UFV98-833994 e UFV97-64322605.