Componentes da resistência de batata a Alternaria solani

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Dita Rodríguez, Miguel Angel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10135
Resumo: Visando entender os mecanismos envolvidos na resistência de quatro cultivares de batata à pinta preta, esse trabalho teve por objetivos: 1) quantificar os componentes epidemiológicos da resistência dos cultivares Aracy, Delta, Desirée e Bintje que apresentam diferentes níveis de resistência à pinta preta, e estudar o efeito da idade dos tecidos nesses componentes; 2) realizar a análise histológica do processo infeccioso nesses cultivares, visando identificar possíveis mecanismos estruturais e relacionados com os níveis de resistência dos cultivares, e com a resistência de tecidos jovens; 3) verificar se a expressão diferencial de genes homólogos aos genes que codificam as proteínas PR gluB (glucanase básica de tabaco) e chiB (quitinase básica de feijão) respectivamente, se correlaciona com os níveis de resistência dos cultivares analisadas, e com a maior resistência dos tecidos jovens. Os componentes epidemiológicos da resistência, período de incubação (PI), número de lesões (NL), a severidade, taxa de expansão das lesões (TEL), período latente (PL) e o número de esporos por área foliar afetada (NEAA) foram quantificados nos terços inferior, médio e superior de plantas dos cultivares Aracy (resistente), Delta (resistência intermediária), Desirée(suscetível) e Bintje (suscetível) inoculadas com Alternaria solani numa concentração de 10 3 conídios.mL -1 . No cultivar Aracy constatou-se maior PI, redução do NL, da TEL e conseqüentemente da severidade em todos os terços avaliados. Já o menor NL, TEL, e severidade no terço médio explicam a resistência moderada do cultivar Delta. O cultivar Desirée, classificado como suscetível, apresentou, no terço superior, NL e severidade similar ao cultivar Aracy. O PL e o NEAA não foram adequados para a avaliação da resistência em condições de casa de vegetação e, provavelmente, foram influenciados pela falta de molhamento foliar. Todos os componentes foram influenciados pela idade dos tecidos. Maior PI e menores valores de NL, TEL, severidade e AACPD foram observados no terço superior, comprovando a menor suscetibilidade desses tecidos. Foram efetuados estudos histológicos do processo infeccioso de A. solani nas diferentes cultivares e terços usando a técnica de diafanização de tecidos. Foi quantificado o número de conídios germinados, número de apressórios, número de penetrações diretas e número de sítios de penetração exibindo células com reação de hipersensibilidade (HR). Não se constatou mecanismos de resistência que pudessem ser associados com os níveis de resistência dos cultivares estudados, nem com a maior resistência dos tecidos jovens. Constatou-se uma relação positiva entre o número de sítios de penetração mostrando HR e a resistência do cultivar Aracy. Houve associação desse componente com a resistência dos tecidos jovens. A expressão de genes homólogos à glucanase básica de tabaco (gluB) e à chitinase básica de feijão (chiB) como resposta a infecção de A. solani, foi analisada nos terços inferior e superior dos cultivares Bintje e Aracy, mediante a técnica de "Northern Blotting". Um aumento na expressão de transcritos a gluB e chiB foi constatado no terço inferior do cultivar Aracy, mas não em Bintje. Esse padrão de expressão sugere um possível envolvimento de isoformas destes genes com a resistência de Aracy a A. solani. Essa expressão diferenciada, não foi observada em folhas do terço superior desse cultivar sugerindo um padrão de regulação gênica dependente da idade dos tecidos, e o envolvimento de outros mecanismos bioquímicos na resistência dos tecidos jovens.