Ecologia Comportamental dos cães domésticos em áreas rurais e urbanas do município de Viçosa, MG
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biologia e Manejo animal Mestrado em Biologia Animal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2264 |
Resumo: | Após a revolução industrial principalmente a partir do século XX, auge do êxodo rural, houve um incremento do processo de urbanização no Brasil. Nos dias atuais o progresso de atividades econômicas tem contribuído para a crescente aquisição de animais de estimação nos lares brasileiros, principalmente cães (Canis lupus familiaris). Para contemplar essa demanda, milhares de novos indivíduos nascem todos os anos sem um controle adequado. Este processo corrobora com o aumento de cães abandonados nas ruas das cidades e nos campos de zonas rurais. Na cidade de Viçosa, Minas Gerais, situada na Zona da Mata Mineira, há um alto índice de cães de rua que vagam sem restrições por diferentes áreas. Os limites que dividem o perímetro urbano e a zona rural de Viçosa são tênues e cercados por fragmentos de Mata Atlântica. Essa proximidade de cães com áreas naturais pode ter como consequências a alteração do ambiente e a diminuição da fauna silvestre, devido às pressões predatórias nesses animais. Para entender a dinâmica e relações existentes entre cães, o meio ambiente e os seres humanos, comparamos dois grupos de cães (cães domiciliados rurais; cães de rua urbanos) que possuem distintas funcionalidades, áreas de vida e recursos. O objetivo dessa investigação é perceber quais fenômenos influenciam na resposta dos grupos de cães. Tendo como base as funções impostas a eles e a concepção de que os tipos de interações com os seres humanos e o meio podem gerar diferentes comportamentos. Para esclarecer esses pontos adotamos duas metodologias em nossa verificação: inquéritos investigativos direcionados a públicos específicos e observação direta de animais em suas áreas de vida. Em termos gerais, observou-se uma preocupação da população e proprietários com os cães, mas o tratamento e manejo estão aquém de atender o bem estar dos cães como a preservação da fauna nativa. Cães são predadores da fauna na região e exploram fontes alimentares fomentadas pelas pessoas (lixo e restos de refeições). Os cães rurais realizam predominantemente um papel de guarda e são protetores territoriais, mesmo que permaneçam soltos pelos seus proprietários, Por outro lado, os cães urbanos, de rua, não possuem um território definido e não possuem um papel funcional definido. Concluímos que os dois grupos se diferem em características peculiares definidas pelo convívio com o ser humano. A diferente dinâmica apresentada para os dois grupos determinou a maneira como eles interagem com o meio, porém ambas as formas causam impactos ambientais e delineiam desfechos negativos para espécies da fauna silvestre. |