Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Katyucha Von Kossel Andrade
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Orientador(a): |
Fernandez, Alexandra Pires
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Banca de defesa: |
Fernandez, Alexandra Pires,
Bergallo, Helena de Godoy,
Vieira, Marcus Vinícius |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11360
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Resumo: |
A introdução de espécies exóticas é uma das principais ameaças à diversidade biológica, juntamente com a conversão de habitats naturais e a caça, levando muitas espécies nativas à extinção. Entre as espécies exóticas comuns em áreas protegidas encontram-se os animais domésticos, como cães e gatos. Estudos sobre impactos de cães (Canis lupus familiaris) à fauna verificaram que o principal dano é a predação de espécies nativas, mas a mera presença dos cães pode afetar o comportamento, o uso do ambiente e o sucesso reprodutivo dos animais selvagens, tanto de presas como de seus predadores naturais. A maioria das informações disponíveis sobre cães domésticos em reservas naturais vem de países desenvolvidos, onde os cães são geralmente bem manejados e cuidados e há uma escassez destas informações em reservas de países em desenvolvimento. No Parque Nacional da Tijuca (PNT) os cães domésticos são encontrados tanto no entorno quanto no interior do Parque e há registro de ataque de uma matilha de três cães a uma paca prenhe, um mão-pelada e um gato doméstico no intervalo de uma semana. Além disso, no PNT está em andamento a reintrodução de espécies da fauna que são importantes dispersores de sementes e frutos, como cutias (Dasyprocta leporina) e bugios (Alouatta guariba), a fim de restaurar interações ecológicas. No entanto, os pesquisadores também observaram cães domésticos matando cutias bem como cercando bugios. O objetivo deste estudo foi caracterizar a população de cão doméstico no setor Floresta da Tijuca do PNT. Foram instaladas 42 armadilhas fotográficas, de abril a setembro de 2016. Dentre as espécies de mamíferos identificadas, o cão doméstico foi a oitava espécie mais registrada, com 418 registros e 22 indivíduos identificados. A estimativa do tamanho populacional de cães por captura-marcação-recaptura fotográfica, utilizando o modelo M0 do Programa MARK, foi de 29 ± 4,86 (média ± erro padrão) indivíduos. As densidades estimatidas foram de 0,74 ind./km2 a 1,37 ind./km2, estimando a área amostrada por MMDM e HMMDM respectivamente. Estas densidades são compatíveis com outros estudos realizados em Mata Atlântica e que utilizaram métodos similares. Os cães domésticos estão amplamente distribuídos, tendo sido registrados em 23 das 42 estações de captura. Não foi encontrada relação do múmero de registros independentes de cães com a proximidade de estruturas antrópicas como estradas e nem com altitude ou facilidade de acesso. Os cães domésticos são principalmente diurnos na área, o que pode indicar que eles se originam em residências do entorno e que o impacto de sua presença na área pode ser maior sobre espécies com hábitos também diurnos. Assim, devem ser promovidos o bem-estar dos animais domésticos e a mudança de consciência e de comportamento da sociedade, através do controle da população de animais de rua e de ações de educação ambiental de forma a conscientizar a população sobre guarda responsável, vacinação e castração e os impactos sobre a biodiversidade local. Ainda, devem ser incentivadas ações de fiscalização para responsabilizar e punir os donos e coibir os maus tratos aos animais |