Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Lucas Azevedo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6428
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Resumo: |
O presente trabalho busca, de modo mais amplo, compreender a complexa relação entre o processo legislativo, as relações de poder, o Estado e a democracia deliberativa, tendo como base o processo de revisão do Código Florestal. Por meio da metodologia consubstanciada na análise documental (BARDIN, 2009), foram examinadas as notas taquigráficas das audiências públicas realizadas pela Câmara dos Deputados, o relatório final produzido na Comissão destinada a relatar o Projeto de Lei, bem como os vetos presidenciais e o próprio resultado legislativo promulgado. Os dados evidenciaram, em primeiro lugar, o papel relevante do Estado durante o processo de revisão normativa, visto seu interesse na manutenção da ideologia dominante. Nos moldes althusserianos, o Estado, por meio de seus Aparelhos Ideológicos, movimentou-se para alterar a legislação sob o pretexto de estar cumprindo seu papel de, democraticamente, atualizar as leis na busca do bem comum. Contudo, nos moldes gramscinianos, esse movimento não passou despercebido, abrindo espaço para contra hegemonia e iniciando a disputa. No segundo capítulo, após complementar a fundamentação teórica com a utilização da Teoria do Discurso, de Laclau e Mouffe, foi possível perceber o encaixe perfeito desse aparato teórico com o processo de revisão do Código Florestal, que se deu por meio da construção de pontos nodais a gerar significantes vazios, dentre os quais se destacam os ―ambientalistas‖, os ―ruralistas‖ e a própria ―democracia‖. Ao final, apontou-se a possibilidade da posição contra hegemônica exercer efetiva influência em um ambiente deliberativo comandado por um Estado parcial. Conclui-se que, mesmo tendo capacidade reduzida, a contra hegemonia foi importante para frear o impulso hegemônico e obter concessões sem que, contudo, atingisse a essência hegemônica. |