Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Márcia Campos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9190
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Resumo: |
Este estudo teve como objetivo investigar o processo de criação da Floresta Nacional de Humaitá, Amazonas, e analisar as mudanças que as populações tradicionais que mantêm relação com essa Unidade enfrentam, em função das normativas estabelecidas pelo Estado a partir do ato de sua criação. Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo com abordagem qualitativa. Desse modo, o procedimento metodológico adotado para elucidar a questão empírica dessa pesquisa foi um estudo de caso cuja principal técnica utilizada para coleta de dados foi entrevistas semiestruturadas. Além das entrevistas e uso de imagem, também foi realizado um levantamento de informações no banco de dados gerado pelo convênio entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV) no ano de 2015, e consulta de leis e das Atas do Conselho Consultivo da Unidade. É importante destacar que a criação das Unidades de Conservação como forma de resguardar determinadas áreas para proteção dos ecossistemas existentes tem se tornado um instrumento importante para a preservação ambiental no mundo inteiro, pois, além das inúmeras benfeitorias para a preservação dos recursos naturais, a criação desses espaços também traz benefícios às populações locais na forma de políticas públicas, garantia do território e etc. No caso da Floresta Nacional de Humaitá o que pode ser constatado é que alguns elementos contradizem essa visão geral, visto que as populações tradicionais locais pouco percebem a magnitude e importância da criação da Unidade. Uma vez que, constatou-se que nenhum tipo de consulta pública para a criação desta Unidade foi realizada e, diante desse acontecimento por intermédio dos relatos dos entrevistados pode-se inferir, que eles se encontram, no geral, insatisfeitos com sua criação por afirmarem que as formas de uso dos recursos naturais passaram a ser restringidos e limitados, já que foram criadas diversas regras modificando, assim, as maneiras de uso do espaço e consequentemente seus modos de vida. Entretanto, cabe ressaltar que mesmo com todos os entraves vividos pelas populações tradicionais locais, não há como negar que a criação da Unidade trouxe benefícios para a região sul do Amazonas e para as próprias populações que utilizam esse território como, por exemplo, a conservação do patrimônio natural da biodiversidade Amazônica, o ordenamento territorial local, o acesso a algumas políticas públicas, como o Bolsa Verde, além de ter minimizado a destruição da floresta que vinha se ampliando em direção a região devido à expansão da fronteira agrícola . Obviamente que muitos desafios existem para que os objetivos primordiais de preservação, utilização de forma sustentável e geração de renda as populações desta Unidade sejam cumpridos. Dentre eles, está à atuação mais eficaz por parte do Estado para que haja, além do interesse em proteger o patrimônio natural local, viabilizar um retorno econômico e social às pessoas que utilizam esse território. |