Desempenho reprodutivo de matrizes suínas inseminadas com deposição intracervical ou intra-uterina com diferentes volumes e concentrações espermáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Araújo, Éder Batalha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5212
Resumo: Este trabalho foi realizado em uma granja comercial localizada na Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, com os objetivos de avaliar o efeito da diminuição do volume e concentração espermática inseminante na comparação do desempenho reprodutivo de matrizes suínas inseminadas pela técnica intra-uterina (IAIU) versus inseminação intracervical (IAIC); avaliar a possibilidade de passagem do cateter de inseminação intra-uterina; e, por fim, analisar o refluxo vulvar e a ocorrência de sangramento nos animais inseminados por essas técnicas. Foram utilizadas 300 fêmeas, 60 por tratamento, distribuídas aleatoriamente em cinco tratamentos: T1 (controle), em que os animais foram inseminados com três bilhões de espermatozóides por dose, em um volume de diluente q.s.p. para 100 mL; T2, inseminados com um bilhão de espermatozóides por dose, em um volume de diluente q.s.p. para 100 mL; T3, inseminados com um bilhão de espermatozóides por dose, em um volume de diluente q.s.p. para 50 mL; T4, inseminados com 500 milhões de espermatozóides por dose, em um volume de diluente q.s.p. para 100 mL; e T5, em que as matrizes foram inseminadas com 500 milhões de espermatozóides por dose, em um volume q.s.p. para 50 mL. As matrizes do tratamento 1 foram inseminadas pela técnica de IAIC, enquanto as dos tratamentos 2, 3, 4 e 5, pela técnica de IAIU. As fêmeas inseminadas pela técnica intra- uterina apresentaram taxa média geral de concepção de 95,0%, de parto de 90,8% e de repetição de estro de 9,2%, não apresentando diferença significativa em comparação com a IAIC, que obteve valores de 91,7%, 90,0% e 10,0%, nas taxas de concepção, parição e repetição de estro, respectivamente. Com relação ao resultado do total de leitões nascidos por parto, foram obtidas médias de 11,5; 11,7; 11,4; 11,9; e 11,4 leitões, nos tratamentos 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. O total de leitões nascidos não foi diferente (p>0,05) entre os animais inseminados pela técnica IAIU, em comparação com a IAIC. Neste trabalho, a inseminação intra-uterina foi possível de ser realizada em 100% dos animais testados. Porém, 4,6% das inseminações realizadas por essa técnica apresentaram pequeno grau de dificuldade na passagem do cateter interno pela cérvix do animal. A avaliação da ocorrência de refluxo de sêmen nos animais inseminados pelas duas técnicas constituiu outro objetivo deste experimento e indicou não haver diferença significativa entre a inseminação intra-uterina e a tradicional. Com o emprego da inseminação artificial tradicional, as fêmeas inseminadas obtiveram um porcentual de refluxo de 85,8% do volume da dose infundida, contendo em torno de 26% do número de espermatozóides inseminados. Nos animais inseminados pela técnica intra-uterina, os resultados variaram de 83% a 90,6% do volume e de 11,1% a 16,4% dos espermatozóides infundidos. O porcentual de volume coletado no refluxo não apresentou diferença (p>0,05) entre os tratamentos estudados, no entanto o total de espermatozóides refluídos foi maior nas fêmeas submetidas à IAIC do que à IAIU. Por fim, na análise de ocorrência de sangramento não houve diferença significativa entre ambas as técnicas. Pelos resultados deste trabalho, é possível concluir que qualquer um dos tratamentos testados com a inseminação intra-uterina pode substituir a inseminação intracervical na rotina de uma granja comercial, sem comprometimento do desempenho reprodutivo dos animais.