Cruzamentos dirigidos e caracterização de híbridos F 1 entre plantas de macaúbas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Thaís Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28698
Resumo: A macaúba é uma palmeira nativa do Brasil, dispersa em todo território. Possui elevada produtividade e qualidade do óleo, o qual pode ser destinado à indústria alimentícia, farmo-cosmética e de biodiesel. Por estar em processo de domesticação, apresenta estudos ainda incipientes na área de melhoramento genético. A dispersão em condições edafoclimáticas contrastantes promoveu a formação de plantas com características diferenciadas dependendo dos locais de origens. Esta diversidade indica a existência de pools gênicos que podem ser explorados por meio de hibridações. Esta estratégia ocasiona combinações que favorecendo o melhoramento da espécie. Porém, até o presente, não há estudos sobre a compatibilidade de hibridações entre plantas de procedências distintas. Com tal enfoque, a caracterização de híbridos F 1 pode proporcionar a seleção orientada de gerações ou de genótipos superiores na fase de melhoramento. Assim, objetivou-se avaliar a compatibilidade de cruzamentos entre plantas fenotipicamente contrastantes e de procedências distintas, bem como, caracterizar os híbridos F 1 . No Banco Ativo de Germoplasma de Macaúba, BAG - Macaúba/UFV, foram realizadas hibridações, durante 2015 a 2017, entre materiais de procedências dos estados MG, MS, SP, PA e da região NO; autofecundação e polinização aberta. Simultaneamente, foi realizada a caracterização de híbridos F 1 oriundos do primeiro ano de cruzamento. Dois tipos de metodologia de polinização foram efetuados: abertura manual e natural das espatas. Nos cruzamentos foram avaliados: relação das variáveis climáticas e época de polinizações artificiais, pegamento e produção (flores, frutos e sementes), anatomia de flores femininas de abertura artificial e natural das espatas e caracterização morfológica das sementes. Os dados referentes aos cruzamentos e sementes foram avaliados por meio de estatística descritiva, teste de média tukey e análise multivariada. Os híbridos F 1 foram avaliados por meio de marcadores moleculares microssatélites para a certificação de cruzamentos e estudo de diversidade genética. As características agromorfológicas, velocidade de surgimento da plúmula e da primeira folha, tamanho e quantidade de folhas e caracterização da plúmula e espinho foram avaliadas na fase de semeadura à muda. As características moleculares e fenotípicas foram analisadas pelo método de agrupamento UPGMA. O período das polinizações das hibridações se sobrepôs na estação chuvosa em todos os anos com características intrínsecas a procedência das plantas. Os cruzamentos dirigidos entre plantas fenotipicamente contrastantes de procedências distintas indicaram sucesso na compatibilidade mediante a nova metodologia de polinização com abertura manual da espata. A abertura manual apresentou viável para polinização mediante receptividade e analises histoquímicas das flores femininas. As sementes apresentaram alta diversidade relacionada às características do genitor feminino. As plantas F 1 foram certificadas como sendo híbridos e conforme a diversidade genética, foram formados três grupos quanto as procedências dos genitores e os tipos de cruzamento. Os F 1 apresentaram alta variabilidade entre meio- irmão e germano sendo discriminados em sete grupos, as quais diferiram quanto ao desenvolvimento, presença e quantidade de espinhos e coloração da plúmula. Os híbridos A7, A18 e A12 descendentes do BGP105-P1/MS, destacaram-se para obtenção de variedades com pouco espinho e desenvolvimento normal. Os F 1 possuem variabilidade que pode ser explorada na fase de seleção para geração F 2 e na orientação de novos cruzamentos. Tais resultados favorecem a orientação de hibridações entre fenótipos contrastantes e a seleção de indivíduos para o melhoramento. Este trabalho se caracteriza como pioneiro e traz estudos preliminares, indicando a continuidade do mesmo para avaliações de parâmetros genéticos.