Entre a colher e a enxada: interfaces entre a alimentação e a cultura dos quilombolas de Piranga-MG
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento Mestrado em Extensão Rural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4119 |
Resumo: | Muitos são os caminhos a que nos conduzem os estudos sobre os hábitos alimentares. Como um dado cultural, a alimentação se configura como um importante instrumento, a partir do qual podemos compreender como o homem se localiza socialmente, quais as representações que constrói de si e do seu entorno. A partir desta perspectiva, este trabalho objetiva estudar a matriz cultural das comunidades de remanescentes quilombolas do município de Piranga/ MG, baseando-se na análise das escolhas que envolvem sua prática alimentar. Sabemos que as proposições constitucionais de 1988 inserem esses sujeitos no cenário político nacional, na medida em que a eles é auferido o direito à titulação das terras que habitam desde que se reconheçam como quilombolas, preservem traços da ancestralidade africana e que mantenham, com a terra, um elo de subsistência. Neste processo de autorreconhecimento, se insere a figura do mediador social, fundamental elemento no trabalho de resgate e ressignificação da cultura desses povos. A este profissional recai a complexa tarefa de redescobrir a cultura quilombola e fazer com que seu significado seja novamente valorizado pelo grupo. Com uma pesquisa de base exploratória descritiva, diversos foram os elos que conseguimos construir, a partir das múltiplas representações que emergem no cotidiano da prática alimentar dos quilombolas de Piranga. A observação e participação da rotina alimentar das comunidades estudadas possibilitou-nos perceber que, para além dos aromas que exalam das panelas a alimentação quilombola se apresenta como um terreno fértil para os estudos culturais, bem como se coloca a serviço dos trabalho de extensão rural, nos quais se faz crescente a demanda de pesquisa na esfera cultural. |