Efeitos letais e subletais dos inseticidas espinosade e flupiradifurona no parasitoide Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae)

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Menezes, Carlos Henrique Martins de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Palavras-chave em Português: Palmistichus elaeisis - Controle biológico; Palmistichus elaeisis - Reprodução; Inseticidas - Toxicologia; CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::FITOSSANIDADE::ENTOMOLOGIA AGRICOLA
• Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/33778; https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.497

Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle (Hymenoptera: Eulophidae) parasita espécies pragas das ordens Coleoptera e Lepidoptera e tem potencial para uso em programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP). O uso de inseticidas, como os neurotóxicos espinosade e flupiradifurona, é o método de controle mais utilizado no Brasil, porém, compostos tóxicos podem reduzir o desenvolvimento, parasitismo e causar a morte desse inimigo natural. A avaliação dos efeitos de inseticidas no P. elaeisis é importante para se determinar a compatibilidade de inseticidas com este parasitoide em programas de MIP. O objetivo foi avaliar a toxicidade, sobrevivência, locomoção, ovigênese, reprodução e longevidade de P. elaeisis após exposição ao espinosade e flupiradifurona. As concentrações letais CL 25, CL50, CL75 e CL90 dos inseticidas, para P. elaeisis, foram estimadas e utilizadas nos experimentos de sobrevivência, locomoção, ovigênese, reprodução e longevidade e, os efeitos letais e subletais do espinosade e flupiradifurona, avaliados. Os inseticidas foram tóxicos para P. elaeisis com concentração letal média (CL 50) de 0,19 (0,16–0.22) e 21,24 (18,16–24,88) mg L –1 do espinosade e flupiradifurona, respectivamente. Os inseticidas diminuíram a sobrevivência, em 48 h, e afetaram o padrão comportamental de P. elaeisis. O flupiradifurona causou danos morfológicos nos ovários mas não reduziu a reprodução de P. elaeisis. O espinosade causou efeito hormético no período de desenvolvimento e, o flupiradifurona, na longevidade, da segunda geração de P. elaeisis. Os inseticidas podem reduzir a sobrevivência e a locomoção de P. elaeisis e, consequentemente, a eficiência desse parasitoide no controle biológico. A utilização do espinosade e flupiradifurona em conjunto com P. elaeisis, apesar dos efeitos horméticos, deve ser avaliada, pois concentrações mais altas desses inseticidas podem prejudicar esse parasitoide em programas de MIP. Palavras-chave: Controle biológico; Efeito transgeracional; Parasitoide; Reprodução; Toxicologia.