Crescimento, rendimento em óleo e proteína e partição de nutrientes de populações de Jatropha curcas L.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Doutorado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1253 |
Resumo: | Jatropha curcas L., conhecida popularmente como pinhão manso, é uma euforbiácea, de cujos grãos é extraído o óleo com características físico- químicas ideais para obtenção do biodiesel. É uma planta rústica, tolerante ao déficit hídrico, a pragas e doenças, e adaptável à diversas condições edafoclimáticas. Apesar dessas vantagens, pouco se sabe sobre a nutrição dessa espécie em cultivo. O objetivo do presente estudo foi avaliar o crescimento, os rendimentos de grãos, óleo e proteína e a partição de nutrientes em populações de J. curcas. O estudo foi conduzido no Campo Experimental Diogo Alves de Mello, pertencente à Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brasil, no período de novembro de 2011 à fevereiro de 2012. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados com quatro repetições, sendo os tratamentos dispostos em parcelas subsubdivididas. As parcelas foram compostas de clones de seis populações de J. curcas, oriundas dos municípios mineiros de Janaúba (J1, J2, J3, J4 e J5) e Bonfim (B1). As subparcelas foram constituídas de quatro fases fenológicas de amostragem (florescimento, frutos verdes, frutos amarelos e frutos secos), e as subsubparcelas, de três estratos de coleta na copa das plantas (superior, médio e inferior). As parcelas foram compostas de quatro plantas com quatro anos e meio de campo, espaçadas de 2,5 m entre si. As características avaliadas foram altura de plantas, diâmetro caulinar, matéria seca das folhas e frutos, produtividade de grãos, teores de óleo e proteína, concentração e acúmulo de nutrientes nas folhas e frutos e exportação de nutrientes. Investigou também o grau de associação entre os conteúdos de nutrientes das folhas e dos frutos, com a produtividade de grãos e com os teores de óleo e proteína através da correlação. Verificou-se que as populações diferiram para altura de planta, diâmetro caulinar e matéria seca foliar. No caso das fases fenológicas, apenas a altura não apresentou efeito significativo. A matéria seca foliar apresentou diferença para os estratos. As populações diferiram quanto aos teores e acúmulo de nutrientes nas folhas e frutos. Observou-se também que as fases fenológicas e os estratos na copa das plantas são determinantes na obtenção dos teores e acúmulos de nutrientes, e que as plantas exportam grande quantidade de nutrientes da área de cultivo pela produção dos frutos. Em relação à correlação, verificou- se associação entre os teores de nutrientes, tanto das folhas quanto dos frutos. Para as folhas, a maioria das correlações significativas foram positivas (0,42 a 0,79), e para os frutos, constatou-se a mesma proporção entre positiva (0,40 a 0,65) e negativa (-0,58 a -0,43). Para os componentes de produção, somente a produtividade de grão foi influenciada pelo teor foliar, sendo o Mg, o responsável pelo efeito negativo (-0,594). No caso dos frutos, apenas a produtividade e o teor de proteína dos grãos foram influenciados pelos teores de nutrientes. Não se observou correlação significativa entre os componentes de produção. Concluiu-se que a população J5 se destacou entre as demais pelo fato de apresentar as maiores médias de altura e diâmetro caulinar, enquanto que a população J2 apresentou o maior peso seco foliar. As populações não diferiram quanto à matéria seca dos frutos, produção de grãos e teores de óleo e proteínas. Os frutos devem ser colhidos maduros por apresentar os maiores teores de óleo, proteína e peso seco. E a localização dos frutos na planta não influencia os teores de óleo e proteína dos grãos. Há variabilidade genética entre as populações somente para o teor foliar de Zn, destacando-se a J4 pelo maior teor. Também verificou-se variabilidade genética para os teores de P, Fe e Cu nos frutos, encontrando-se as maiores médias nas populações J2 para P; J1 para Fe e J2 e J5 para o Cu. Os teores e acúmulos de todos os nutrientes determinados nas folhas e frutos variaram com a fase fenológica. A localização das folhas influenciou nos teores de N, K, Ca, Mg, Zn, Fe, Mn e Cu, e dos frutos os teores de N, Ca e Cu. Observou-se a ocorrência de variabilidade genética entre populações para os acúmulos foliares de N, P, S e Zn, e para os frutos, apenas o Cu apresentou variabilidade genética, destacando-se as populações J2, J3, J4 e J5 pelos maiores conteúdos. Os estratos influenciaram nos acúmulos foliares de todos os nutrientes avaliados, enquanto nos frutos, somente os acúmulos de N e Ca foram influenciados. Somente a exportação de Cu foi influenciada pela população, destacando-se a J5 pela maior exportação. Baseada na exportação de N: P2O5: K2O pela produção de 1.000 kg ha-1 de frutos de J. curcas, recomenda-se a aplicação de proporcional de 4,62: 1,70: 4,73. Concluiu-se que os teores de nutrientes dos frutos são mais sensíveis às interações do que os das folhas, os teores foliares de micronutrientes são determinantes nos teores dos outros micronutrientes, e que os teores de nutrientes nos frutos influenciam na produção de grãos e o nos teores de proteínas. |