Distribuição de Mycobacterium avium subespécie paratuberculosis em órgãos de camundongos C57BL/6 experimentalmente infectados
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5166 |
Resumo: | Mycobacterium avium subespécie paratuberculosis (MAP) é o agente etiológico da paratuberculose, uma enfermidade que causa enterite granulomatosa crônica preferencialmente em ruminantes domésticos e silvestres. É considerada uma doença de impacto na economia, devido às perdas no rebanho e na saúde humana, uma vez que se têm indícios da possível relação de MAP com a doença de Crohn. Embora pesquisas tenham contribuído para avanços no diagnóstico de MAP, há carências de estudos relacionados à compreensão de sua patofisiologia. Desse modo, este estudo propôs avaliar a distribuição de MAP por meios das técnicas de nested-PCR e histologia em órgãos de camundongos C57BL/6 infectados por via intraperitoneal com a cepa MAP66115-98. Em 20 camundongos foram aplicados 250μl de inóculo contendo 3 x 108 UFC/mL e, em oito controles foram aplicados tampão fosfato-salina (PBS). Os animais foram eutanasiados aos 30, 60, 90 e 120 dias pós-inoculação. Em cada período, foram coletados baço, fígado, cólon, íleo e placas de Peyer de cinco camundongos desafiados e dois controles. O material foi dividido para avaliação molecular e histopatológica. Embora não tenham sido verificadas alterações histológicas nas lâminas coradas pela Hematoxilina Eosina, houve marcação positiva para duas placas de Peyer, referentes a 90 e 120 dias pós-inoculação, quando coradas pela técnica de Ziehl-Neelsen. Dentre os órgãos coletados, 64,9% foram positivos pela técnica molecular. Os órgãos que apresentaram maiores valores proporcionais de positividade independentemente do período de avaliação foram o baço (0,85), o cólon (0,75) e o fígado (0,60). Ao levar em consideração o tempo pós-inoculação, o baço apresentou maior proporção de positividade após 60 dias (1,00), permanecendo estável até os 120 dias, enquanto o cólon apresentou maior proporção aos 30 dias (1,00) e reduziu drasticamente aos 90 dias (0,40) da inoculação. O fígado variou entre 0,40 e 0,80 durante os quatro períodos de avaliação e o Íleo apresentou proporção de positividade igual a 0,80 apenas aos 120 dias de inoculação. Por outro lado, as placas de Peyer não variaram significativamente a partir dos 60 dias (0,40) permanecendo com a menor proporção dentre os órgãos analisados. A avaliação da probabilidade de infecção de um órgão em relação a outro foi obtida pelo Risco Relativo, onde os maiores valores foram verificados na relação entre baço/placas de Peyer (2,00); cólon/placas de Peyer (1,74); baço/íleo (1,54) e baço/fígado (1,40). Os maiores valores de Razão de Chances foram verificados na relação entre baço/placas de Peyer (7,56); baço/íleo (4,64); baço/fígado (3,78) e cólon/íleo (2,45). Contudo, dentre todas as associações estabelecidas, apenas as relações: baço/íleo e baço/placas de Peyer foram estatisticamente significativas à nível de 95%, demonstrando que o baço foi o órgão com maior risco e chances de positividade em relação ao íleo e placas de Peyer. Assim, estes resultados podem contribuir para a melhor compreensão da distribuição de MAP em modelos experimentais durante o curso de uma infecção sistêmica, sendo o primeiro trabalho a correlacionar a capacidade infectiva da cepa MAP66115-98 nos camundongos C57BL/6 com a sua distribuição em diferentes órgãos pós-inoculação usando a via intraperitoneal. |