Indicadores antropométricos e de composição corporal na identificação de alterações metabólicas em homens idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Anunciação, Pamella Cristine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis
Mestrado em Ciência da Nutrição
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2754
Resumo: O presente estudo objetivou avaliar o poder discriminatório de diferentes indicadores antropométricos e de composição corporal na predição de alterações metabólicas em homens idosos. Trata-se de estudo de delineamento transversal, conduzido no município de Viçosa- MG, onde foram avaliados 69 idosos do sexo masculino (60 a 92 anos), cadastrados no Programa de Saúde da Família do município em questão. O cálculo amostral considerou o total de homens idosos cadastrados (n = 2318) e a frequência esperada de síndrome metabólica (30,9%). A avaliação antropométrica incluiu peso, altura, diâmetro abdominal sagital (DAS) e os perímetros da cintura (PC), do quadril e da coxa, e índices derivados. O PC e o DAS foram aferidos em quatro locais anatômicos distintos. A composição corporal foi avaliada por meio do DEXA. A pressão arterial foi aferida por meio de um esfigmomanômetro aneroide. Os indicadores bioquímicos analisados foram colesterol total, HDL-c, LDL-c, triglicerídeos (TG), glicemia de jejum (GJ) e insulina, e calculado o índice de resistência à insulina (HOMA-IR). A análise estatística constou de testes de comparação (t de Student ou Mann Whitney e ANOVA), correlações (Pearson, Spearman e parciais) e regressão linear entre as medidas antropométricas e de composição corporal com os fatores de risco cardiometabólico. Dentre os fatores de risco investigados, destacaram-se os baixos níveis de HDL-c (30,4%) e os níveis pressóricos elevados (24,6%). Os indicadores antropométricos PC, DAS, índice de conicidade (ICO), relação cintura-estatura, relação cintura-quadril, percentual de gordura corporal e a gordura corporal relacionaram-se significativamente com três fatores de risco cardiometabólico. Na análise de regressão linear o DAS foi preditor significativo para GJ e TG, enquanto o PC e IMC foram preditores para HDL-c. Foram encontradas correlações positivas entre TG, glicemia e as quatro medidas de PC e DAS; e correlações negativas entre HDL-c e PC e DAS. Destaca-se que as maiores correlações foram entre PC aferido na menor cintura e TG; PC acima das cristas ilíacas e GJ e HDL-c; DAS no ponto médio entre as cristas ilíacas e TG, GJ e HDL-c. O DAS (r = 0,680; p < 0,01), o %GC (r = 0,651; p < 0,01) e o PC (r = 0,591; p < 0,01) apresentaram as maiores correlações com o índice HOMA-IR. Diante dos resultados encontrados, os indicadores antropométricos foram significantemente associados com fatores de risco cardiometabólico e com o índice HOMA-IR, independentemente da idade, destacando-se o diâmetro abdominal sagital. O DAS e o PC, aferidos em distintos pontos anatômicos, estiveram significativamente correlacionados com os fatores de risco cardiometabólico. Sugere-se que a medida do DAS seja adotada na avaliação de idosos tanto na prática clínica como em estudos epidemiológicos.