Avaliação do efeito do consumo do vinho tinto Cabernet sauvignon na hipercolesterolemia, na hepatoxicidade e no desenvolvimento de placas ateroscleróticas em coelhos de raça nova Zelândia
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência e Tecnologia de Alimentos |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/30067 |
Resumo: | O incremento de LDL-c, leva a deposição dessas lipoproteínas na camada intima das artérias, desenvolvendo a progressão da placa de ateroma. De igual maneira, o excesso de lipídios no organismo leva ao desenvolvimento de doenças hepáticas como a esteatose. A sinvastatina, é o medicamento utilizado para diminuir os níveis de colesterol plasmático, que favorece na redução da formação das placas ateroscleróticas, não obstante, se tem evidenciado efeitos colaterais. Por conseguinte, estão sendo pesquisadas outras alternativas para ajudar a reduzir o consumo da sinvastatina. O vinho tinto, conhecido por ser uma fonte rica em compostos bioativos, parece ser uma boa alternativa. Segundo o Paradoxo Francês, o consumo de vinho tinto ajuda na redução do risco de doenças cardiovasculares. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito ateroprotetor e hepatoprotetor do consumo de vinho tinto Cabernet sauvignon, em diferentes dosagens de álcool (13 %, 8 % e 4 %) e vinho tinto sem álcool em coelhos hipercolesterolêmicos. Foram utilizados 30 coelhos machos da raça Nova Zelândia, que foram divididos em 6 grupos: ração hipercolesterolêmica; ração hipercolesterolêmica + 0,3 mg de sinvastatina·kg·dia -1 ; ração hipercolesterolêmica + 6 mL vinho tinto 13 %; ração hipercolesterolêmica + 6 mL vinho tinto 8 %; ração hipercolesterolêmica + 6 mL vinho tinto 4 %; ração hipercolesterolêmica + 6 mL vinho tinto sem álcool. Os animais foram tratados por 30 dias, ao longo do experimento se realizaram três coletas do sangue nos tempos zero, quinze e trinta dias. Foram determinados os níveis plasmáticos sanguíneos de Colesterol total (Ct), colesterol LDL (LDL-c), colesterol HDL (HDL-c), triglicérides, dos marcadores hepáticos e renal. Ao final do experimento foi realizada a eutanásia e se coletaram fragmentos do tecido hepático e aórtico, se avaliaram os biomarcadores de estresse oxidativo (MDA e proteínas carboniladas) e as enzimas antioxidantes SOD, CAT e GST, foi realizado o analise histológico e a avaliação dos parâmetros morfométricos dos tecidos hepáticose aórticos. Os resultados mostraram que o fornecimento da dieta hipercolesterolêmica e o vinho tinto com e sem álcool, aumentaram os níveis plasmáticos de Ct, LDL-c, triglicérides, lipase e γGT, sem afetar os níveis de HDL-c, nem os parâmetros bioquímicos da função renal. Nos biomarcadores do estresse oxidativo no tecido aórtico foi demostrado que o consumo de vinho tinto 13 % e 8 % aumentaram os níveis da atividade da GST, o vinho tinto 8 % apresentou redução da peroxidação lipídica pelo MDA, e tanto o vinho tinto com e sem álcool reduziram a produção de proteína carbonilada. No tecido hepático houve aumento dos níveis das enzimas SOD e CAT no grupo fornecido com vinho tinto sem álcool, no grupo fornecido com vinho tinto 13 % somente teve aumento na enzima SOD. Os resultados evidenciaram que o vinho tinto mesmo sem álcool foi capaz de diminuir o acúmulo de lipídios no fígado, evitando a progressão da esteatose e da placa de ateroma, obtendo resultados tão eficientes quanto o reportado na sinvastatina. Palabras-chave: Vinho tinto. Bebidas não alcoólicas. Hipercolesterolemia. Aorta. Fígado. |