Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Etiára de Mattos
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Orientador(a): |
Jesse, Cristiano Ricardo
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Bioquímica
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3378
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Resumo: |
O colesterol é um componente lipídico importante de todas as membranas celulares e da bainha de mielina, desempenhando um importante papel na integridade sináptica e atividade neural. O colesterol também atua como substrato para a síntese de ácidos biliares no fígado e precursor de hormônios esteroidais. No entanto, tem sido apontada uma ligação entre os níveis plasmáticos elevados de colesterol e o desenvolvimento de lesões ateroscleróticas. A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial, que acomete a camada íntima de artérias de médio e grande calibres. A formação da placa aterosclerótica inicia-se com a agressão ao endotélio vascular devido a diversos fatores de risco como dislipidemia, hipertensão arterial ou tabagismo. A uva, o vinho e produtos derivados da uva contém grande quantidade de compostos fenólicos que agem como antioxidantes. O consumo desses flavonoides está associado ao risco reduzido de eventos coronários, e a ingestão moderada de vinho tinto inibe a agregação plaquetária. O dano ao receptor de lipoproteína de baixa intensidade aumenta os níveis plasmáticos de LDL-C, resultando em deficiência na depuração do sangue desta lipoproteína. Em vista disso, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos protetores do vinho tinto Ruby Cabernet (RCR) produzido na cidade de Itaqui-RS contra a dislipidemia, estresse oxidativo e inflamação sistêmica em camundongos hipercolesterolêmicos. Foram utilizados camundongos C57BJ6 do tipo selvagem (90 dias de idade) e com deleção gênica 2 LDLr-/- que foram tratados com o vinho RCR (dose diária de 400 μL por gavagem) durante 90 dias. Após o tratamento com o vinho RCR, os animais foram eutanasiados e o sangue foi coletado para ensaios bioquímicos. Os resultados do presente estudo demonstraram que o vinho RCR tem uma capacidade antioxidante significativa, como revelado por ensaios in vitro. Além disso, o vinho RCR atenuou os seguintes parâmetros bioquímicos alterados nos animais LDLR-/- níveis aumentados de colesterol total, triglicerídeos, lipoproteína de baixa densidade, lipoproteína de baixa densidade oxidada e níveis diminuídos de HDL no sangue. O vinho RCR também aliviou o estresse oxidativo no sangue dos animais LDLr-/-, como revelado pela redução dos níveis de malondialdeído, proteína carbonilada, espécies reativas de oxigênio e aumento dos níveis de glutationa. Os animais LDLr-/- exibiram um aumento acentuado nos níveis do fator nuclear Kappa-B e das citocinas inflamatórias IL-6, IL-1β e TNF-α, e uma redução da citocina anti-inflamatória IL-10. O vinho RCR atenuou essas alterações no plasma sanguíneo. Concluímos que o vinho RCR possui um importante potencial antioxidante in vitro. Além disso, o vinho RCR tem efeitos hipolipemiantes, antioxidantes e anti-inflamatórios em animais LDLr-/-. |