Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Xavier, Flávia Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11530
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Resumo: |
As cidades brasileiras anunciam uma sociedade repleta de contradições, fruto da negligência com as questões sociais ao longo da história. A forma complexa com que o espaço urbano foi produzido pode ser constatada na materialização desigual da cidade, seja do ponto de vista físico ou da produção das relações entre os indivíduos. Sendo assim, a hipótese desta pesquisa é de que a crise na qual perpassa a sociabilidade urbana está diretamente relacionada à crise dos espaços públicos, e pode ser observada mais frequentemente em áreas de alto padrão, cujo processo de ocupação não se deu de forma cooperativa, e onde o medo e a insegurança estão presentes como duas das principais forças (des)organizadoras do espaço urbano. Compreender estas questões contribui para o alcance do principal objetivo deste trabalho: compreender a manifestação diferenciada da sociabilidade urbana no Bairro Santa Lúcia e na Vila Barragem Santa Lúcia, em Belo Horizonte, e seu reflexo na produção da rua enquanto espaço público. São privilegiados neste estudo questões no âmbito social, econômico e espacial, que consideram o processo de favelização na cidade; a consolidação do espaço segregado; a relação entre indivíduos de diferentes segmentos sociais e a percepção que têm em relação ao outro; e a contribuição do capital do medo e da criminalidade para a crise nas relações humanas. A metodologia envolveu pesquisa bibliográfica, produção de mapas temáticos utilizando dados da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (URBEL), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Centro Integrado de Informações de Defesa Civil (CINDS), além de trabalhos de campo que contemplam: observação não participante, entrevistas semiestruturadas e aplicação de mapas mentais. Os resultados indicam que a apropriação dos espaços públicos, especialmente as ruas, está diretamente relacionada a aspectos de ordem socioeconômica, e os processos de exclusão e segregação pelos quais passaram os moradores da Vila, influenciaram na apropriação coletiva e cooperativa do espaço urbano, refletindo nos laços de sociabilidade observados em campo. Verificamos, ainda, que o medo e a insegurança justificados pelos moradores do Bairro Santa Lúcia para a recusa da rua, são fundamentados no alto índice de criminalidade, mas são reforçados pela propagação indiscriminada da cultura do medo, reforçando os estigmas sobre os moradores da Vila Barragem Santa Lúcia. |