Viabilidade econômica de implantação de uma unidade integrada de gerenciamento de resíduos sólidos no Pólo Moveleiro de Ubá - MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Pires, Vanessa Aparecida Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Mestrado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2962
Resumo: A indústria moveleira representa um importante papel para a economia do Brasil. Em 2004, suas exportações chegaram a US$940.57 milhões, de acordo com a ABIMOVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário). Entretanto, algumas dessas indústrias possuem alto potencial poluidor, sobretudo na geração de resíduos sólidos. O maior pólo moveleiro de Minas Gerais, localizado em Ubá, vem trabalhando em busca de soluções ambientais integradas. Muitas indústrias não possuem sequer qualquer tipo de gerenciamento ambiental e seus resíduos estão sendo muitas vezes lançados diretamente no ambiente, desconsiderando os impactos causados por essas ações, além de negligenciar o potencial econômico desses resíduos. Por isso, foi feito um levantamento dos resíduos gerados no Poló Moveleiro de Ubá, quantitativa e qualitativamente, para fins de subsidiar o gerenciamento destes. Com base nesse levantamento, o presente trabalho analisou a viabilidade econômica de implantação de uma unidade integrada de gerenciamento de resíduos, chamada neste trabalho de Central , em conjunto com uma Bolsa de Resíduos, com a identificação das diferentes alternativas de operação e gestão que atendam a realidade da região onde está situado esse pólo. A análise de viabilidade econômica foi feita com base na previsão de receitas e despesas do negócio, tendo sido avaliados a lucratividade, rentabilidade, prazo do retorno do investimento, ponto de equilíbrio, valor presente líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR), relação benefício/custo (B/C) e benefício periódico equivalente (B(C)PE). Foram analisadas três alternativas: na alternativa 1, a central não se responsabiliza por transportes; usa energia elétrica da companhia energética que atende a região; as refeições são preparadas e servidas por empresa terceirizada; os resíduos classe I são enviados para serem incinerados em empresas terceirizadas; os resíduos classe II são dispostos em aterro classe II de terceiros; a oficina de artesanato fica à disposição de comunidades carentes; e, por fim, são utilizadas sete briquetadeiras com capacidade produtiva de 1,5 tonelada por hora de trabalho; na alternativa 2, a energia elétrica é substituída pela energia a vapor; e na alternativa 3, além da energia a vapor, a central possui caminhões para o transporte dos resíduos a serem processados. Concluiu-se que é viável sua implantação nas três alternativas analisadas, tendo a lucratividade variado de 32,00% a 47,85%; a rentabilidade, de 2,62% a 4,87%; e o prazo de retorno do investimento, de 19,87 a 37 meses. A menor TIR apresentada foi de 37,49%, enquanto a maior foi de 58,62%, e o VPL foi maior que zero para as três alternativas, sendo o menor deles igual a R$5.851.762,26. A B/C foi maior que 1 em todos os casos e o (B(C)PE), que representa a remuneração (anual) do capital, foi de mais de R$900.000,00 para as três alternativas analisadas.