Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Luís Carlos Morais de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10979
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo realizar um diagnóstico florestal no setor moveleiro do município de Ubá-MG, terceiro pólo moveleiro do Brasil, caracterizando o consumo e suprimento de produtos madeireiros. O levantamento do consumo e suprimento de produtos madeireiros foi feito por meio de questionário direto, em que foram avaliadas três categorias de consumidores de produtos florestais: fábrica de móveis, serrarias e comerciante de produtos florestais. Foram investigados 79 estabelecimentos comerciais, podendo-se, dessa forma, atingir o objetivo proposto. O setor moveleiro apresentou as seguintes características, considerando as três categorias estudadas: de toda a matéria-prima consumida no município, 51,50% são originárias de floresta plantada (sendo o eucalipto com 36,00% e o pinus com 15,50%), e um percentual de 48,50%, de essências nativas. Da matéria-prima oriunda de floresta plantada, 48% são originárias do próprio estado, 25% vem do Paraná, 15% do Espírito Santo e 12% de outros estados. Da matéria-prima originária de floresta nativa, 30% vem do Pará, 22% de Rondônia, 16% do Paraná e 17% de Minas Gerais por meio de revenda e 15% de outros estados, ou seja, a região de Ubá não produz matéria-prima de origem nativa para suprir o pólo moveleiro de Ubá. Para a categoria fábrica de móveis, os principais problemas enfrentados são a instabilidade econômica, os juros elevados e a competição entre empresas. O consumo médio de painéis foi de 10.916,12 m³ , e 58,60% desse volume corresponderam somente ao aglomerado, 15,60% ao compensado, 14,20% ao MDF e 11,60% ao laminado. As fábricas de móveis empregam diretamente 14.518 pessoas, estando 74,70% no setor de produção e 25,30% no setor administrativo. A categoria consumidor de serraria apresentou os juros elevados como principal problema enfrentado pela atividade, seguido pela competição entre empresas e a política florestal. A quantidade mensal de painéis comercializada pela categoria comerciante de produtos florestais foi de 718,53 m³. Os principais problemas enfrentados por esta categoria foram a instabilidade econômica, a competição entre empresas e o frete. Com base nas análises efetuadas e nos resultados obtidos, pôde-se concluir que o balanço entre consumo e suprimento de madeira de floresta plantada (eucalipto e pinus) é negativo e apresenta um déficit mensal de 2.291,54 m³ e 2.929,98 m³ respectivamente. A atividade moveleira será auto-sutentável em eucalipto se forem reflorestados anualmente 983 ha, considerando um incremento médio anual de 20 m³/ha e uma rotação de 12 anos. O balanço entre consumo e suprimento de floresta nativa mostrou- se dependente de outros estados. |