Modelagem hidrológica da bacia do rio Paracatu: avaliação do modelo WEAP como ferramenta de planejamento e gestão de recursos hídricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Felipe Bernardes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28368
Resumo: O rápido crescimento populacional assim como outras atividades usuárias de água aliado às mudanças climáticas vem promovendo pressão sobre os recursos naturais em todo o mundo, sobretudo nos recursos hídricos. A demanda por água para suprir a necessidade das culturas pela irrigação é um dos principais tipos de captação de água dos rios, fato que não difere na bacia do Paracatu. Essa bacia se destaca pela intensa atividade agrícola, principalmente da agricultura irrigada e, consequentemente, pelos potenciais conflitos entre os demais usuários da água. Analises da sustentabilidade dos recursos hídricos considerando cenários futuros são fundamentais para antecipar possíveis conflitos e auxiliar no processo de gestão da água, porém ainda são pouco utilizados. Modelos hidrológicos, tais como o o Water Evaluation and Planning System – WEAP, surgiram para viabilizar o planejamento e gestão dos recursos hídricos em nível de bacia hidrográfica e são ferramentas que podem auxiliar a análise de cenários futuros. Desta forma, o objetivo geral do trabalho foi avaliar o modelo hidrológico WEAP como ferramenta de planejamento e gestão de recursos hídricos em um trecho da bacia do rio Paracatu-MG, Brasil. A área de estudo foi subdividida em dez sub-bacias. para utilização do WEAP foram analisadas as mudanças do uso e cobertura da terra de 1985 a 2014, e tendências das vazões máximas, médias e mínimas (Q max , Q med , Q min ) em série histórica anual e mensal de 1980 a 2017. O modelo WEAP foi calibrado (2000-2009) e validado (2010-2014), apresentando coeficiente Nash elevados, entre 0,89-0,91. Com base na modelagem hidrológica com o WEAP, cenários futuros foram projetados para RCP 4.5 e 8.5 (cenários do IPCC), considerando e desconsiderando o aumento da área irrigada até 2030. Indices de sustentabilidade foram gerados para cada sub-bacia em estudo. Para o cenário mais pessimista, RCP 8.5 com o aumento da demanda pela irrigação até 2030, os índices de sustentabilidade para todas as sub-bacias foram reduzidos, principalmente na sub-bacia do ribeirão Entre-Ribeiros. O WEAP comprovou ser uma ferramenta com grande potencial de uso para planejamento e gestão de recursos hídricos em nível de bacia hidrográfica.