Tecnologia e felicidade em economias desenvolvidas e em desenvolvimento: Brasil e Estados Unidos
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Desenvolvimento econômico e Políticas públicas Mestrado em Economia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3282 |
Resumo: | O objetivo do presente trabalho foi examinar as relações de bem-estar e tecnologia que possam ser consideradas como possíveis determinantes empíricos da felicidade individual no Brasil. A atenção foi dada à variáveis que permitam uma análise do papel das inovações tecnológicas na geração da felicidade. Ademais, pretendeu-se comparar os resultados obtidos neste estudo com outros encontrados para países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Esta comparação tornou-se necessária, já que, numerosos estudos fornecem evidências de que indivíduos que vivem em países ricos são, em média, mais felizes que aqueles de países mais pobres. O referencial teórico utilizado baseou-se nas pressuposições da economia do bem- estar e de inovações tecnológicas, sobretudo na hipótese Shumpeteriana (1961) de destruição criadora . O procedimento metodológico adotado consistiu na estimação da felicidade por meio do modelo probit ordenado, dada a estrutura ordenada da variável dependente. Concomitantemente, utilizou-se a técnica estatística de análise fatorial para construir um indicador de tecnologia que incorporasse de maneira significativa as principais dimensões da tecnologia. Acerca dos principais resultados, pode-se concluir que a inovação tecnológica afetou de forma positiva a felicidade dos brasileiros, enquanto que a mesma afetou de forma negativa a felicidade dos norte-americanos. Esses resultados confirmaram que os países em desenvolvimento, como o Brasil, apresentaram ganhos no nível de felicidade de sua população, uma vez que grande maioria ainda não tem acesso à tecnologia e, portanto, a inovação tecnológica é uma novidade para a maior parte dos cidadãos brasileiros. Já os países desenvolvidos, aqui representado pelos Estados Unidos, alcançaram um elevado nível tecnológico em que todas as pessoas tem acesso à tecnologia e, portanto, estão sofrendo os efeitos negativos que a mesma pode provocar. Portanto, os resultados apresentados confirmam, para o Brasil, a hipótese Schumpeteriana de destruição criadora , em que a tecnologia ou a inovação pode aumentar a qualidade e a variedade de bens e serviços disponíveis aos indivíduos, tornando-os mais felizes. Cabe destacar ainda que os resultados apresentados refutam, para os Estados Unidos, a hipótese Schumpeteriana de destruição criadora , uma vez que o uso da tecnologia reduziu o nível de felicidade dos norte- americanos. Desse modo, as evidências sugerem que os indivíduos que vivem em países x menos desenvolvidos podem ser considerados mais felizes que aqueles de países mais desenvolvidos quando analisa-se o feito da tecnologia. |