Produção e qualidade de sementes de feijão enriquecidas com molibdênio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Leite, Uberlando Tiburtino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10319
Resumo: Foram conduzidos dois ensaios em campo, com o objetivo de avaliar o efeito da adubação molíbdica sobre componentes agronômicos do feijão. O primeiro ensaio em campo foi conduzido de março a julho de 2002, com o objetivo de determinar a dose capaz de promover o acúmulo de Mo na semente do feijoeiro, em quantidade suficiente para a próxima geração. Os tratamentos avaliados resultaram da combinação de sete doses de Mo, variáveis de 0 a 2560 g ha-1, com dois cultivares de feijão (Novo Jalo, sementes grandes, e Meia-noite, sementes pequenas). O segundo ensaio de campo foi conduzido de março a julho de 2003, objetivando determinar a influência do tamanho da semente sobre o acúmulo desse nutriente nela; e c) estabelecer o nível crítico do nutriente na folha e na semente. Foram realizados dois ensaios, cada um avaliando um cultivar diferente, em razão de os conteúdos de molibdênio das sementes serem distintos nos dois cultivares. Em cada ensaio, utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições, com os tratamentos arranjados no esquema fatorial (4 x 2) + 4, ou seja, conteúdos de Mo (0,072, 0,845, 4,403 e 8,087 μg semente-1 de Mo, para o Novo Jalo; 0,097, 0,364, 1,601 e 4,133 μg semente-1 de Mo, para o Meia Noite) combinados com as doses de Mo (0 e 80 g ha-1 de Mo). Foram aplicados quatro tratamentos adicionais, em cada cultivar (ensaio), avaliando a possibilidade de resposta da cultura às aplicações de molibdênio e de nitrogênio. Os tratamentos adicionais, para o Novo Jalo, foram: 1) 0,072 μg semente-1 de Mo + 80 g ha-1 de Mo + 40 kg ha-1 de N; 2) 8,087 μg semente-1 de Mo + 80 g ha-1 de Mo + 40 kg ha-1 de N; 3) 0,072 μg semente-1 de Mo + 40 kg ha-1 de N; e 4) 8,087 μg semente-1 de Mo + 40 kg ha-1 de N. Para o Meia Noite, os tratamentos adicionais foram: 1) 0,097 μg semente-1 de Mo + 80 g ha-1 de Mo + 40 kg ha-1 de N; 2) 4,133 μg semente-1 de Mo + 80 g ha-1 de Mo + 40 kg ha-1 de N; 3) 0,097 μg semente-1 de Mo + 40 kg ha-1 de N; e 4) 4,133 μg semente-1 de Mo + 40 kg ha-1 de N. Aplicou-se o Mo via foliar, aos 20 dias após a emergência das plântulas (DAE), e, o N, aos 30 DAE. Em Laboratório foi conduzido o ensaio em que se utilizaram sementes produzidas no primeiro experimento de campo, objetivando determinar o efeito do Mo na qualidade fisiológica da semente. Em cada cultivar, foram estudados seis conteúdos de Mo na semente (0,072, 0,74, 1,56, 2,554, 3,892 e 6,767 μg semente-1 de Mo, para o Novo Jalo, e 0,097, 0,364, 0,761, 1,601, 2,645 e 3,158 μg semente-1 de Mo, para o Meia Noite), em ensaios distintos, em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os testes foram conduzidos de maio a junho de 2003. A unidade experimental foi constituída por um lote com 50 sementes. Os componentes da produção, exceto o número de sementes por vagem, e o rendimento de grãos foram influenciados pela adubação molíbdica; a dose ótima estimada de Mo para o feijoeiro, em ambos os cultivares, foi de 255,0 g ha-1 de Mo, carecendo de estudos sobre sua viabilidade econômica; doses de molibdênio até 2.560 g ha-1 de Mo não promoveram decréscimos em nenhum dos componentes da produção nem no rendimento de grãos; o teor, na folha e na semente, e o conteúdo de Mo, na semente, do feijoeiro aumentam em resposta à aplicação do nutriente; o Novo Jalo apresenta maior eficiência na alocação do Mo na semente do que o Meia Noite, e, por isso, requer doses menores de Mo para produção de sementes enriquecidas com o micronutriente; para obtenção de sementes de feijão com o conteúdo crítico de 3,54 μg semente-1 de Mo é necessária a aplicação de 684,0 e 2.560 g ha-1 de Mo, no Novo Jalo e Meia Noite, respectivamente; o conteúdo de Mo da semente influencia-lhe a qualidade fisiológica; elevado conteúdo de Mo na semente retarda, mas não inibe, a germinação das sementes; o conteúdo de Mo na semente de feijão com máxima qualidade fisiológica é de 3,1 e 2,2 μg semente-1, respectivamente, para os cvs. Novo Jalo e Meia Noite; a dose ótima de Mo para produção de sementes de feijão de elevada qualidade fisiológica varia com o tamanho da semente; a dose ótima de Mo para produção de sementes de feijão de elevada qualidade fisiológica é de 600,0 e 1.200,0 g ha-1 de Mo, respectivamente, para os cvs. Meia Noite e Novo Jalo; o conteúdo de Mo da semente influencia positivamente o rendimento de grãos do feijoeiro; a demanda de Mo pela planta é adequadamente suprida pela semente enriquecida com o nutriente. Para rendimentos acima de 3.000 kg ha-1 ainda há resposta à aplicação extra de Mo; o conteúdo ótimo de Mo na semente de feijão, suficiente para suprir a planta resultante, varia com o cultivar. No Novo Jalo, cujas sementes são grandes, esse conteúdo é de 5,58 μg semente-1 de Mo, e no Meia Noite, de sementes pequenas, é de 3,97 μg semente-1 de Mo; e conteúdos de Mo na semente acima de 3,97 μg semente-1, no Meia Noite, e 5,58 μg semente-1, no Novo Jalo, promovem redução no rendimento de grãos.