Relação de variáveis ao nascer e na adolescência com marcadores de risco para a síndrome metabólica em adolescentes
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis Mestrado em Ciência da Nutrição UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2721 |
Resumo: | Objetivou-se investigar a relação de variáveis ao nascer e na adolescência, com marcadores de risco para a síndrome metabólica (SM), em adolescentes de Viçosa-MG. Foram avaliados 114 adolescentes de 10 a 13 anos, púberes, estudantes de escolas públicas da zona urbana do município, sendo 60 (52,6%) do sexo masculino. Primeiramente obteve-se os dados na adolescência, sendo os dados referentes ao nascimento conseguidos retrospectivamente. As variáveis avaliadas na adolescência foram: peso, altura, circunferência da cintura (CC), circunferência do quadril (CQ), relação CC/CQ, índice de massa corporal (IMC), IMC livre de gordura, IMC de gordura, massa magra e de gordura em quilos, porcentagem de gordura corporal, gordura central [prega cutânea (PC) subescapular (Se) + suprailíaca (Si)], gordura periférica [PC tricipital (T) + bicipital (B)] e relação PC Se/T (RPC Se/T), glicemia, insulinemia, HOMA-IR, colesterolemia, HDL (lipoproteína de alta densidade), LDL (lipoproteína de baixa densidade), trigliceridemia e pressão arterial diastólica e sistólica. Ao nascer avaliou-se: peso, comprimento, índice ponderal (IP) e IMC, sendo as variáveis antropométricas obtidas a partir de prontuário hospitalar ou cartão do recém nascido. Todos os adolescentes nasceram a termo e foram divididos em três grupos conforme variável ao nascer: peso (g) [<2500; 2500 |- 3000g e ≥ 3000g]; comprimento (cm) e IMC (kg/m2) [< percentil 5; percentil 5 |- 85 e ≥ percentil 85] e IP (g/cm3) [<2,0; 2,0 |-| 3,0 e > 3,0]. Considerou-se como fatores de risco para a SM na adolescência: obesidade abdominal, excesso de peso, alta porcentagem de gordura corporal, resistência à insulina, valor acima do desejável para a insulinemia, a glicemia, a pressão arterial, a trigliceridemia, o LDL e a colesterolemia e valor abaixo do desejávelpara o HDL. Para as análises entre as variáveis ao nascer e na adolescência utilizou-se testes de correlação e de comparação entre os grupos. Verificou-se a relação de predição por meio da curva Receiver Operating Characteristic (ROC). Observou-se correlações positivas e significantes entre o comprimento ao nascer e: altura (r = 0,23; p = 0,02), massa magra (r = 0,19; p = 0,04) e glicemia (r = 0,24; p = 0,01) e entre o peso ao nascer e: glicemia (r = 0,22; p = 0,02) e HDL (r = 0,20; p = 0,03) na adolescência. Entretanto, após estratificação para o sexo mantiveram-se significantes apenas as correlações do comprimento ao nascer com a altura (r = 0,28; p = 0,03) e a glicemia (r = 0,29; p = 0,03) na adolescência, ambas, somente para o sexo masculino. O comprimento ao nascer não foi preditivo para nenhum dos fatores de risco para a SM considerados. O peso, o IP e o IMC ao nascer foram capazes de predizer alteração na insulinemia e na pressão arterial dos adolescentes. A circunferência da cintura foi capaz de predizer resistência à insulina, valores acima do desejável para a glicemia, insulinemia e trigliceridemia ebaixos níveis de HDL. A porcentagem de gordura corporal predisse valores aumentados de insulinemia e colesterolemia. O IMC na adolescência mostrou ser preditor de resistência insulínica, insulinemia e trigliceridemia aumentados e HDL abaixo do desejável. Observou-se que a utilização de preditores precoces, como o peso, o IP e o IMC ao nascer podem auxiliar na detecção dos indivíduos mais vulneráveis ao desenvolvimento de fatores de risco para a SM aos 10-13 anos. Além disso, verificou-se que a porcentagem de gordura corporal, a CC e o IMC na adolescência podem contribuir para a identificação daqueles indivíduos mais susceptíveis ao desenvolvimento de enfermidades cardiovasculares. |