Filogeografia citogenética e molecular em populações de traíras Hoplias malabaricus (Bloch, 1794), do leste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Santos, Udson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me
Mestrado em Genética e Melhoramento
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4717
Resumo: A fauna de peixes dulcícolas neotropicais é considerada a mais rica do mundo. Toda essa diversidade é resultante da complexa história paleohidrológica dos rios sul e centro-americanos, a qual promoveu vicariancia e dispersão da biota aquática ao longo de milhões de anos. A traíra Hoplias malabaricus é um caracídeo com ampla distribuição neotropical, habito sedentário e comportamento predatório. Graças à sua rusticidade e abundância nos neotrópicos, a traíra é amplamente estudada, representando um importante modelo biológico experimental. As populações de H. malabaricus são caracterizadas por apresentarem sete distintos cariomorfos, listados de A-G. A distribuição simpátrica e alopátrica desses cariomorfos tem sido considerada como evidência da existência de múltiplas linhagens que comportam-se como boas espécies, dentro do mesmo táxon nominal. Para testar essa hipótese, foram analizados os padrões biogeográficos, citogenéticos e moleculares (DNA mitocondrial) de 17 populações (73 espécimes) coletadas em 12 bacias do nordeste e sudeste do Brasil. Os padrões citogenéticos indicaram a existência de um sistema de cromossomos sexuais XX/XY no cariomorfo 2n=40F. Os dados moleculares indicaram ausência de fluxo gênico entre cariomorfos com 2n=40 e 2n=42 e constituem a primeira evidência da origem costeira das populações do rio Jacaré. A aparente ausência de uma taxa de evolução molecular constante não permitiu correlacionar eventos geomorfológicos de dispersão no passado e foi interpretada como resultante das extremas flutuações demográficas ao longo da evolução desse complexo de espécies. Os resultados apresentados indicam que a identificação cariotípica representa informação relevante e imprescindível para a inclusão dos dados experimentais num contexto filogenético