Avaliação de dietas formuladas com aminoácidos totais e digstíveis e estimativas do crescimento e da deposição de nutrientes em frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Brito, Claudson Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Doutorado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1898
Resumo: Três experimentos foram realizados com os objetivos de determinar os coeficientes de digestibilidade verdadeiro (CDV) da proteína bruta (PB) e de aminoácidos de alimentos, de dietas completas e de aminoácidos sintéticos (AAS), ambos obtidos a partir da perda endógena com a dieta livre de proteína (DLP), da DLP mais aminoácidos (DLP+AA) e da dieta com caseína hidrolisada enzimaticamente (CHE) - Exp.1. Avaliar se frangos de corte alimentados com dietas à base de milho ou de sorgo, com inclusão de 6 ou de 12% de farelo de algodão, formuladas com base em aminoácidos totais ou digestíveis, apresentariam diferenças no desempenho e nos parâmetros de carcaça quando comparadas entre si, e quando comparadas a uma dieta com milho e com farelo de soja - Exp.2. Estimar através das equações de Gompertz, o crescimento, a deposição de proteína, de gordura e de lisina corporal e o consumo de ração e determinar a eficiência de utilização e a quantidade de lisina digestível por quilo de ganho de peso de frangos de corte machos e fêmeas alimentados com dietas contendo variados níveis de lisina digestível - Exp.3. No Exp. 1, observou-se que o uso da DLP+AA proporcionou às aves as maiores perdas endógenas de aminoácidos, exceto para lisina, isoleucina, valina e histidina (0,255; 0,390; 0,449 e 0,209mg/g MS, respectivamente) que foram maiores com o uso da CHE e da arginina (0,249mg/g MS) e leucina (0,417mg/g MS) que foram maiores com a DLP. Essas observações mostraram que uso da DLP+AA estimula à produção de enzimas digestivas e possibilita a redução de erros observados durante as análises com a CHE. A utilização de CHE e de DLP+AA proporcionaram em média os maiores CDV para a proteína bruta, sendo para os AAS, milho (M), sorgo (S), farelo de soja (FS) e farelo de algodão (FA) valores de 99,6; 91,7; 90,7; 90,5 e 90,2%, respectivamente. A inclusão do FA reduziu a digestibilidade da PB das dietas, sendo o CDV para a dieta com M+FS de 86,9% e para as dietas com M+FA6, M+FA12, S+FA6 e S+FA12 respectivamente de 85,5, 84,4, 86,4; 85,3%. As dietas com milho ou sorgo com a inclusão de 12% de FA apresentaram os CDV para metionina, lisina e treonina de 91,0; 87,1; 81,0% e 91,2; 88,0; 83,1%, respectivamente. Valores menores que os observados para a dieta com M+FS (94,4; 92,2; 84,9%). No Exp. 2, as dietas completas foram as mesmas do experimento 1, porém, formuladas com base em aminoácidos totais (AAT) e digestíveis (AAD). Não foi observado diferenças no ganho de peso (GP), no consumo de ração (CR) e na conversão alimentar (CA) das aves alimentadas com dieta à base de M+FS e os demais tratamentos, exceto quando foi utilizada a dieta formulada M+FA12 AAT, que proporcionou redução de 2,6% no GP quando comparada ao consumo da dieta M+FS. Aves alimentadas com dietas formuladas com AAD apresentaram maiores GP (1492,8g) e melhores CA (1,698) que as aves alimentadas com dietas com AAT (1461g e 1,732, respectivamente). A interação existente entre farelo de algodão e o tipo de formulação mostrou que o uso de AAD permitiu a inclusão de 12% de FA, com aumento de 52g no GP. Para os parâmetros de carcaça não foram observado diferenças entre as aves alimentadas com dietas à base de M+FS e as demais dietas. Porém, as que receberam M+FA12 AAD apresentaram maior peso de carcaça (1397g), peso de peito (446g) e filé de peito (335g) que as aves alimentadas com M+FS (1352, 430 e 324g, respectivamente). O uso de formulações com base em AAD proporcionou às aves melhores desempenhos e rendimentos de carcaça que o uso de AAT e ainda permitiu a inclusão de 12% de farelo de algodão sem a redução das variáveis estudadas. No Exp. 3, para o período de 1 a 42 dias de idade observou-se que a redução de 6% nos níveis de lisina digestível reduziu o GP e piorou a CA de machos e de fêmeas, porém, os variados níveis de lisina digestível aplicados não fizeram alterações significativas sobre a deposição tecido corporal, exceto para gordura que foi depositada em maiores quantidades quando as aves receberam 6% menos de lisina. O crescimento dos animais foi seguido pela deposição de proteína: 1,4; 4,5; 13,9 e 15,2g nos machos e 1,6; 4,6; 12,4 e 11,6g nas fêmeas, respectivamente para as idades 7; 21; 35 e 42 dias. Para o período de 36 a 42 dias de idade foi observado que as fêmeas depositaram maior quantidade de gordura diária (20,8g) que os machos (17,6g). A partir da deposição de proteína em cada período experimental, observou-se que a quantidade de lisina depositada diariamente e a demanda por quilo de ganho foi aumentada com a idade. As curvas de crescimento e deposição indicaram que quanto maior a idade de abate, maior é o teor de gordura e menor o de proteína na carcaça, principalmente nas fêmeas. A eficiência de utilização da lisina digestível para deposição de lisina, tanto para machos como para as fêmeas, foram para a idade de 7; 21; 35 e 42 dias de idade, respectivamente de 49,6; 78,3; 66,4; 56,1% e 55,0; 81,0; 67,0; 57,4%. A partir da deposição e da eficiência de utilização de lisina, do ganho de peso e do peso médio (PM), foram geradas as seguintes equações: Macho: Y (g Lisina Dig/kg Ganho) =13,815 + 0,5638 PM + 1,1431 PM2, R2 = 0,99 e Fêmea: Y (g Lisina Dig/kg Ganho) =13,107 + 1,9773 PM + 0,6571 PM2, R2 = 0,99, as quais estimaram com precisão que as quantidades de lisina digestível por quilo de ganho foram crescente, sendo em média de 13,9; 14,7; 18,5 e 21,5 g/kg de ganho para os machos e de 13,3; 14,8; 18,0 e 19,9 g/kg de ganho para as fêmeas, respectivamente para as idades de 1 a 7, 8 a 21, 22 a 35 e 36 a 42 dias.