NTPDase-1 de Trypanosoma cruzi: imunolocalização e estudo de seu papel nas etapas iniciais da infecção celular por formas epimastigotas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Trindade, Mellina Lanna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos
Mestrado em Biologia Celular e Estrutural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2353
Resumo: A doença de Chagas, também conhecida como a tripanossomíase americana, é uma enfermidade tropical causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, sendo encontrada principalmente na América Latina e acometendo atualmente cerca de 10 milhões de pessoas no mundo. Esta doença é transmitida aos seres humanos e a mais de 150 espécies de mamíferos domésticos e selvagens pelas fezes de triatomíneos infectados durante o repasto sanguíneo. A NTPDase-1 é uma ectonucleotidase caracterizada na cepa Y do T. cruzi como uma proteína presente na superfície do parasito, sendo um importante fator de virulência, infectividade e considerada um bom alvo para bloqueio da infecção. Esta enzima catalisa a hidrólise de nucleotídeos de adenosina tri e di-fosfatados, sendo provavelmente capaz de modular a sinalização purinérgica em mamíferos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o papel da NTPDase-1 na adesão celular do parasito em célula de mamífero através de ensaios de bloqueio com anticorpo específico e competição com a proteína recombinante, além de verificar a localização da NTPDase-1 em epimastigotas por microscopia de fluorescência confocal e microscopia eletrônica. Os resultados indicam uma redução significativa na taxa de adesão de epimastigotas em células VERO, alcançando até 85% de inibição nos ensaios de competição com a proteína NTPDase 1 recombinante e até 61% de inibição na presença de anticorpos anti- NTPDase 1 purificado, comparados ao controle composto somente de células VERO e epimastigotas de T. cruzi. As imagens obtidas por microscopia confocal e imunoeletrônica revelam a expressão da proteína na superfície do parasito e próxima a base do flagelo. A descoberta de moléculas envolvidas com o processo de infecção presentes nas interações parasitohospedeiro e o conhecimento da função destas biomoléculas pode ser um bom alvo para a quimioterapia.