Efetividade física da fibra para caprinos
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Mestrado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5807 |
Resumo: | O presente estudo apresenta como especulação a possibilidade da existência de interações entre as características químicas e físicas de plantas forrageiras atuando sobre o desempenho de pequenos ruminantes. A literatura apresenta evidências das ações individuais destes fatores, mas existe uma lacuna nas informações quando se busca seus efeitos interativos. Para implantar esta linha de pesquisa objetivou-se avaliar possíveis variações no consumo de alimento bem como variações da massa fibrosa no rúmen de caprinos, em diferentes horários, quando da alteração na qualidade da fonte forrageira fornecida, bem como do tamanho da partícula deste alimento. Analisamos as combinações obtidas entre três níveis de qualidade (alta, média e baixa, em função da idade, respectivamente de 35, 50 e 65 dias) de feno de coast-cross (Cynodon dactylon), desintegrado para obter três tamanhos de partículas (pequeno, médio e grande) em delineamento experimental inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 3x3, com 6 repetições . Os animais utilizados eram cabritos machos, não-castrados, das raças Saanen e Alpina, com idade média de 191 ± 4 dias, e massa corporal de 24,68 ± 3,17 kg, . O perfil granulométrico dos alimentos, sobras e conteúdo ruminal foi avaliado com uso de peneiras com abertura de 4,76 mm; 2,38 mm; 1,19 mm; 0,70 mm e 0,297 mm. A massa e a composição de fibra no rúmen se mantiveram inalteradas ao longo do dia. Os valores de conteúdo ruminal fresco, de MS, de fibra, de fibra fisicamente efetiva e de material indigestível não diferiram entre as diferentes combinações entre qualidade e tamanho de partículas estudadas, tampouco para o tempo médio de renovação da matéria seca e da fibra no rúmen. O tempo médio de retenção da lignina variou com a qualidade da forragm oferecida, sendo menor para o feno de baixa qualidade, o que implica em maior taxa de passagem ruminal da lignina para compensar o consumo de material lignificado. O maior consumo de MS e FDN com o feno de baixa qualidade ocorreu quando da oferta de partículas de maior tamanho permitindo a seleção do alimento. Contrariamente, maiores consumos de FDN e lignina foram observados quando os cabritos recebiam o feno de alta e média qualidade em partículas de tamanho pequeno. O consumo maior de fibra fisicamente efetiva, para feno dos três níveis de qualidade esteve associado aos maiores tamanhos de partícula. Concluímos que a composição e a massa de fibra no conteúdo ruminal de caprinos não é alterada ao longo do dia; o tamanho de partícula associado ao maior consumo varia com a qualidade da forragem, e que por sua vez influencia o tempo médio de renovação da lignina no rúmen. |