Coinoculação de microrganismos benéficos em sementes de soja com diferentes níveis de vigor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva Júnior, Rubens Alves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28844
Resumo: A qualidade das sementes é extremamente importante durante todo desenvolvimento da cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill). Ela atua direta e indiretamente durante a emergência das plântulas, no desenvolvimento vegetativo e na produtividade dos grãos. Assim, quando a qualidade das sementes utilizada no plantio é reduzida, a lavoura como um todo também é afetada. Consequentemente o estande de plantas é reduzido, o crescimento da planta é alterado e a produção comprometida. Pensando nisso, é possível que os microrganismos benéficos, através de diversificados mecanismos de ação, diminuam os efeitos negativos das sementes de baixo vigor e ainda estimulem o crescimento das plantas. Sendo assim, esse estudo teve como objetivo avaliar os efeitos dos principais microrganismos benéficos em coinoculação em sementes de soja com diferentes níveis de vigor no estabelecimento, desenvolvimento e produtividade da das plantas. Sementes de soja, cultivar M 7110 IPRO, produzidas na safra 2016/2017, foram submetidas ao envelhecimento artificial para a obtenção de três níveis de vigor: alto, médio e baixo. Foi realizada a coinoculação das sementes com a bactéria Bradyrhizobium japonicum, associada com os microrganismos benéficos: Azospirillum brasilense, Bacillus subtilis, Trichoderma asperellum e fungos micorrízicos arbusculares (FMA). Foram conduzidos dois experimentos, em casa de vegetação, em delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. O experimento 1 foi conduzido em esquema fatorial 3 x 6, ou seja, três níveis de vigor das sementes e quatro coinoculações, mais dois controles, que consistiram nas sementes inoculadas apenas com o B. japonicum e sementes não tratadas. Foram avaliados parâmetros de crescimento de plântulas aos 15 dias após a semeadura: Porcentagem e velocidade de emergência de plântulas, crescimento de plântulas, índice SPAD e morfologia do sistema radicular. O experimento 2 foi conduzido em esquema fatorial 3 x 5, ou seja, três níveis de vigor das sementes e quatro inoculações mais um controle, que consistiu nas sementes inoculadas apenas com o B. japonicum. Foram avaliados parâmetros de crescimento e produtividade no estádio de floração plena e colheita, respectivamente: índice SPAD, número de folhas trifolioladas, área foliar, matéria seca de plantas, nitrogênio total em folhas, número de nódulos, matéria seca de nódulos, colonização micorrízica, número de vagens, número de sementes por planta, peso de 100 sementes, tamanho de sementes e produção de sementes. Os dados obtidos foram submetidos ao teste de normalidade Shapiro-Wilk e à análise de variância. As médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste Tukey, para os níveis de vigor de sementes, e Dunnett, para as coinoculações (p ≤ 0,05). As coinoculações, principalmente com FMA, promoveram o aumento do volume radicular, comprimento, índices de desenvolvimento e vigor de plântulas de soja quinze dias após a semeadura. O crescimento vegetativo das plantas de soja foi maior quando comparado com o controle (semente inoculada apenas com B. japonicum). Além disso, a desuniformidade das características de produção, causadas pela variação do vigor de sementes, foi atenuada com as coinoculações de microrganismos benéficos. Vale ressaltar que nenhuma coinoculação promoveu redução no desenvolvimento das plantas de soja. Portanto, as coinoculações de microrganismos benéficos em sementes de soja com diferentes níveis de vigor podem contribuir para o estabelecimento de plântulas, para o rápido crescimento vegetativo e para a uniformização das características de produção da cultura da soja.