Retornos e riscos na comercialização de milho no estado do Paraná: uma aplicação do modelo Value-at-Risk

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Leismann, Edison Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8939
Resumo: A fase de comercialização é a última e uma das mais importantes da produção. Desta forma, esta pesquisa procura examinar os riscos de mercado e os retornos envolvidos na comercialização de milho pelos produtores e empresas de comercialização no Estado do Paraná. O objetivo é avaliar o perfil de risco e retornos das principais estratégias de comercialização utilizadas. Assim, as análises são realizadas separadamente, primeiro envolvendo os produtores agrícolas e depois as empresas de comercialização (cooperativas e cerealistas). O ano foi dividido em 52 semanas e foram feitas análises dos retornos obtidos a partir das safras de inverno e verão do período de 1994 a 2001. As análises de risco foram realizadas através do modelo VaR (Value-at-Risk) através dos métodos Delta Normal, Simulação Histórica e Simulação de Monte Carlo. Os retornos foram ponderados pelo risco através do Índice de Sharpe modificado, o IS 2 , em que os retornos livres de risco são ponderados pelo VaR, assumindo-se assim um índice de retornos probabilístico. Os resultados mostraram a inviabilidade da estocagem pelos produtores, principalmente quando os retornos foram ponderados pelos riscos envolvidos. Assim, os produtores, ao venderem o milho no período de safra, em média, estão obtendo resultados mais favoráveis do que quando estocam para vender em data futura. Quanto aos agentes de comercialização, a estratégia de estocagem também mostrou-se inviável, assim como os resultados obtidos pelos produtores. Quanto à estratégia de Venda a Descoberto (VD), a mesma apresenta-se favorável quando analisada somente a partir dos retornos. Assim, a estratégia de VD é preferível à estocagem. No entanto, ao ponderar esses resultados pelo risco, os mesmos mostram-se menos que proporcionais, em média. Considerando-se como viável somente os IS 2 superiores a um, mostra-se superior a estratégia de Compra e Venda Simultânea (CVS). As análises de risco através do VaR evidenciaram riscos mais elevados a partir das safras de inverno do que a partir das safras de verão. Também, os riscos da estocagem são superiores aos riscos da VD. Os modelos de avaliação de riscos mostraram ser uma alternativa de instrumento de informação para a tomada de decisão empresarial na comercialização de milho e a metodologia aplicada pode ser facilmente adaptada para outros produtos agrícolas. Ressalta-se que, tendo em vista que utilizou-se dados do período pós-estabilização (Plano Real), com o passar do tempo e a existência de maior número de observações, esses modelos tendem a melhorar sua performance na identificação dos riscos.