Relação entre o comportamento alimentar de mães nas refeições e o estado nutricional e qualidade da alimentação do filho: um estudo com servidoras e estudantes de instituições públicas de ensino superior
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência da Nutrição |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/30455 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.683 |
Resumo: | Conhecer a relação entre o comportamento de mães nas refeições e o estado nutricional e qualidade da alimentação dos filhos de servidoras e estudantes de instituições públicas de ensino superior da região sudeste do Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal por web-based survey, realizado com mulheres servidoras ou estudantes de instituições de ensino superior públicas da região sudeste do Brasil, com filhos na idade de 1 a 6 anos. Foi aplicado questionário online, composto por seis seções: (1) dados de identificação, (2) condições socioeconômicas e demográficas, (3) antropometria da criança, (4) consumo alimentar crianças menores de 2 anos, (5) consumo alimentar crianças com idades ≥ 2 anos, (6) comportamento alimentar materno. Os valores de peso e comprimento da criança foram relatados pelas mães e calculado o índice de massa corporal/idade (IMC/I). A variável IMC/I foi dicotomizada em sem excesso de peso e com risco ou excesso de peso. O consumo alimentar foi avaliado com base no Formulário de Marcadores do consumo alimentar, instrumento padronizado pelo Ministério da Saúde para uso na Atenção Básica, sendo possível identificar a ingestão de alimentos saudáveis e a de alimentos não saudáveis. O comportamento materno durante as refeições foi avaliado pela Escala de Comportamento dos Pais durante a Refeição (PMAS). Adotou-se como significância estatística valor de p < 0,05 para avaliar a relação dos domínios do PMAS com o excesso de peso infantil e com a qualidade da alimentação da criança. Em relação à condição socioeconômica, para identificar quais grupos se diferiram ao se relacionarem com os domínios, adotou-se como significativo p < 0,017. Resultados: Foram avaliadas 185 mães e 188 crianças. 30% das crianças apresentaram excesso de peso, segundo IMC/I. Verificou-se o consumo de alimentos ultraprocessados tanto entre crianças menores de 2 anos quanto nas maiores, porém houve maior frequência de crianças com consumo entre aquelas acima de 2 anos. Com relação ao comportamento das mães durante as refeições, observou-se que aquelas que consumiam refrigerante, balas ou doces e salgadinho relataram consumo de bebidas adoçadas pela criança, e mães que usualmente recompensavam seus filhos com alimentos, brinquedos ou atividades favoritas, relataram consumo de biscoito recheado,doces ou guloseimas. Mães que disponibilizavam diariamente frutas e hortaliças relataram ausência de consumo de bebidas adoçadas e de macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e biscoitos salgados pela criança, e mães que estabeleciam limites para o consumo de guloseimas relataram ausência de consumo de biscoito recheado, doces ou guloseimas pelas crianças. As mães das classes socioeconômicas C, D e E consumiam com maior frequência refrigerante, balas ou doces e salgadinho comparativamente às mães das classes A e B. Os domínios Modelo de Consumo de Guloseimas e Refeições Especiais associaram-se significativamente com excesso de peso na criança. Conclusão: A identificação de atitudes maternas durante as refeições pode ser uma estratégia para o direcionamento das intervenções em alimentação infantil e promoção da alimentação saudável. Palavras-chave: Comportamento alimentar. Criança. Mães. Nutrição infantil. Alimentos industrializados. |