Cooperativismo e atividade garimpeira: o caso da cooperativa garimpeira do Vale do Rio da Bagagem Ltda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Bitencourt, Marcelige Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento
Mestrado em Extensão Rural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4111
Resumo: Este trabalho analisou como os garimpeiros do município de Estrela do Sul/MG se apropriaram da forma organizacional cooperativa. Nesse município, a atividade garimpeira tem sido tradicionalmente uma das principais atividades econômicas, sendo responsável por grande absorção de mão-de-obra. A própria origem da cidade tem relação direta com o garimpo. Mudanças no marco legal promoveram a criação da Cooperativa Garimpeira do Vale do Rio da Bagagem Ltda (Coogavarb) a qual foi objeto de estudo desta dissertação. A Constituição Federal do Brasil promulgada em 1988 e as transformações no marco legal e na valorização social e econômica do meio ambiente, fruto da intensa discussão que ocorreu a partir da década de 80, passam a interferir diretamente na forma como os garimpeiros deveriam se organizar. Com essas mudanças percebe-se que o Estado busca a transformação da atividade garimpeira promovendo para isso a forma cooperativa. Neste sentido, o trabalho está direcionado a compreender o universo da cooperativa estudada, tendo como pressuposto que há um conflito inerente entre a forma de organização da cooperativa e a organização dos garimpos e sua forma de apropriação dos recursos naturais. Percebe-se que os legisladores desconsideraram eventuais incompatibilidades ou, até, as próprias características da organização cooperativa, induzindo uma forma organizacional específica como solução dos problemas que os garimpos vivenciam ou ocasionam. Desta forma buscou-se entender como se dá a apropriação da forma cooperativa no caso da Coogavarb e sua atuação na gestão ambiental. Nesse marco as teorias da Contingência e da Nova Economia Institucional são utilizadas para explicar a gênese da Coogavarb. Conclui-se pela não aplicabilidade da forma cooperativa em todo tipo de atividade, como no respectivo caso em atividade de garimpo como comumente visualizado pelo Estado, pois poderia acarretar numa apropriação inadequada embora involuntária, dessa forma organizacional.