Atividade antiviral dos compostos fenólicos (ácidos ferúlico e transcinâmico) e dos flavonóides (quercetina e Kaempherol) sobre os Herpesvirus bovino 1, Herpesvirus bovino 5 e vírus da cinomose canina
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal Doutorado em Bioquímica Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/336 |
Resumo: | A pesquisa apresentada nessa dissertação visa à descoberta e utilização de novos fármacos para prevenção ou terapêutica de infecções víricas. As propriedades farmacológicas dos fitoterápicos e derivados visam à utilização desses na terapêutica antiviral. Compostos polifenólicos e flavonóides possuem propriedades antioxidantes, bactericidas, antifúngicas, antivirais. Para investigar a ação do ácido ferúlico, do ácido transcinâmico e dos flavonóides (a quercetina e o kaempherol), estes foram testados quanto à capacidade de inibir a replicação in vitro dos Herpesvírus bovino 1 (BoHV 1), Herpesvirus bovino 5 (BoHV 5) e vírus da Cinomose Canina, também foram avaliados o potencial antiviral e terapêutico da quercetina in vivo por meio da inoculação de coelhos via intranasal com a amostra neuropatogênica de BoHV 5 (SV-507). Na avaliação in vitro, foi analisado o efeito antiviral utilizando dois tipos de tratamentos. Nos ensaios para detecção da atividade antiviral (tratamento pré-infecção) foram encontrados resultados de redução no título dos BoHV 1 e BoHV 5. Nos ensaios para análise da atividade virucida (tratamento pós-infecção) houve redução da atividade viral para o BoHV 1 e 5 de até 99,99% com a quercetina. Realizou-se também a curva de crescimento viral utilizando-se a quercetina nos tempos 4, 8, 12, 24, 48 e 72 horas. No ensaio de atividade virucida foi encontrado redução no título viral de 99,999% para ambos os vírus a partir de 4 horas. O teste do potencial antiviral e terapêutico da quercetina in vivo demosntrou redução do número de animais que excretaram o vírus, redução do número de dias de excreção viral, além de redução dos sinais clínicos da infecção e mortalidade. Nos resultados in vitro com o vírus da Cinomose Canina, foram encontrados resultados de redução no título viral de 90%, 46,2%, 32,48% e 78% pelo ácido transcinâmico, ácido ferúlico, kaempherol e quercetina, respectivamente no tratamento antiviral. A análise da atividade virucida, demonstrou redução no título viral de 99,99%, 97%, 79% e 96% pelo ácido ferúlico, ácido transcinâmico, kaempherol e pela quercetina, respectivamente. A curva de crescimento viral utilizando-se as quatro substâncias nos tempos 4, 8, 12, 24, 48, e 72 horas apresentou resultados que variaram de 32% a 99,99% para o ácido ferúlico e 58% a 99,9% para a quercetina, para os outros compostos os resultados não foram significativos. A partir destes resultados, acredita-se na utilização dessas substâncias, principalmente a quercetina, para formulação de medicamentos para terapia antiviral em infecções causadas por esses vírus. |