Memórias de Adriano: literatura e histórias em diálogo
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Estudos Linguisticos e Estudos Literários Mestrado em Letras UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4888 |
Resumo: | A presente dissertação tem por objetivo principal investigar o diálogo estabelecido entre literatura e história na obra Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar. Trata-se do século II, período em que Roma foi governada pelo imperador Adriano. Yourcenar dá voz ao personagem para que este se apresente ao leitor através de uma narrativa que busca refletir sobre o passado. Esse novo olhar acerca dos fatos históricos traz um viés importante para se repensar a escrita histórica, além de possibilitar maior esclarecimento quanto às frequentes oposições de sentidos no uso dos termos: fato e ficção , realidade e imaginação , verdade e invenção . Para esse estudo nos apoiaremos em teóricos e críticos que abordam tais relações: M. de Certeau, G. Duby, C. Ginzburg, J. Le Goff, L. Hutcheon, L.C. Lima, P. Veyne, G. Gengembre, dentre outros. Após a discussão teórico-crítica consideraremos as questões ligadas aos gêneros literários. Em seguida, visando ainda a relação entre literatura e história, poderemos perceber que Yourcenar, ao retornar a esse passado distante, não se ausenta dos problemas do presente. Por meio dos atos e relatos de Adriano podemos ver que este, bem como a autora, posiciona-se na defesa de valores humanos. As vozes do personagem e da autora estabelecem um diálogo crítico acerca dos problemas da humanidade. Temos, portanto, um diálogo entre o presente e o passado. O presente, marcado por duas Guerras Mundiais que assolaram a humanidade, transparece em certos momentos das reflexões de Adriano, quando este faz antecipações quanto ao futuro dos homens. E é através dessa preocupação com a liberdade e com o indivíduo que vemos se constituir a identidade do personagem. Há um discurso através do qual somos levados a conhecer seus conflitos e desafios. Faz- se necessário ressaltar que o narrador revela não somente seus desejos, suas angústias, suas euforias e suas decepções, mas de todo aquele que busca a liberdade, a paz e a justiça entre os homens. |