Estudo experimental do emprego do polímero derivado do óleo de mamona (Ricinus communis) na diáfise proximal da tíbia em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Fernandes, Edilaine Sarlo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10577
Resumo: Para avaliar clínica, radiológica e histologicamente o efeito do polímero derivado do óleo de mamona (PDOM), como substituto ósseo na reparação de defeitos ósseos provocados na diáfise proximal da tíbia de cães, foi realizado um estudo experimental, utilizando-se 20 cães, clinicamente sadios. Os animais foram separados em dois grupos de dez cada, onde um grupo recebeu tratamento com PDOM e o outro grupo não recebeu tratamento, sendo utilizado como controle. Após protocolo anestésico rotineiro, o procedimento cirúrgico constou de incisão de pele e subcutâneo na face medial no terço proximal da tíbia esquerda, até a exposição da região óssea desejada. Retirou-se um fragmento ósseo, com cerca de 10 x 5 mm de tamanho, nos dois grupos, sendo a falha óssea provocada preenchida em um grupo com PDOM e os tecidos suturados de maneira convencional. Os animais foram submetidos a exame clínico diário e a avaliação radiográfica logo após a cirurgia e nos dias 8, 30, 60, 120 e 180 de pós- operatório. Nos mesmos dias eram feitas as coletas de material para análise histopatológica, utilizando-se dois animais de cada grupo. À palpação, percebeu- se aumento de volume na região trabalhada, em ambos os grupos, nos três primeiros dias e recuperação funcional perfeita do membro após 72 h de pós- operatório. Os resultados obtidos ao exame radiográfico revelaram, logo após a cirurgia, radiotransparência do defeito ósseo, se comparado ao osso normal, em ambos os grupos. As radiografias subseqüentes revelaram evolução da opacidade mais intensa no grupo controle, que aos 60 dias já se assemelhava ao osso normal. No grupo em que se usou PDOM, a radiotransparência perdurou até os 180 dias. Não foi observado qualquer processo que caracterizasse, radiograficamente, reação de rejeição nos animais tratados com o PDOM, também não se observou reparação do defeito ósseo ao final do experimento neste grupo, ao contrário do grupo controle. Ao exame histológico, observou-se no grupo tratado a não-integração do PDOM. Aos oito dias, a falha mostrou-se parcialmente preenchida com tecido de granulação. Aos 30 e 60 dias, o tecido observado na falha era predominantemente fibroelástico e já se observava a presença de fina cápsula de tecido conjuntivo. Aos 120 e 180 dias, a falha ainda estava presente e com pouco crescimento ósseo. Já no grupo controle, a reparação óssea se deu a partir dos 30 dias de pós-operatório. Durante o experimento, não se observou reação do tipo corpo estranho, bem como o preenchimento completo do defeito ósseo nos animais tratados com o PDOM, tanto radiográfica como histologicamente, à diferença do grupo controle, onde houve reparação total.